Jorge Aguiar Oliveira
Biografia
Tondela, 17 de janeiro de 1956.
Livros publicados:
HOMENS SEM SOUTIEN - reúne a maior parte da poesia publicada entre 1983 e 1999 ] / ed. Autor, 2002
JOÃO ALVES / ed. Autor, 2004
INSÓNIA EM SEGUNDA MÃO / ed. Autor, 2010
RANÇO / ed. Companhia das Ilhas, 2014
MANICÓMIO / ed. Debout Sur l’Oeuf, 2014
ALMA SEM CURA / ed. Autor, 2014
PENA DE MORTE / ed. Companhia das Ilhas, 2018
PARASITAS MORTAIS / ed. Debout Sur l’Oeuf, 2019
Kr – CRIPTÓNIO / ed. Flan de Tal, 2021
Livros publicados:
HOMENS SEM SOUTIEN - reúne a maior parte da poesia publicada entre 1983 e 1999 ] / ed. Autor, 2002
JOÃO ALVES / ed. Autor, 2004
INSÓNIA EM SEGUNDA MÃO / ed. Autor, 2010
RANÇO / ed. Companhia das Ilhas, 2014
MANICÓMIO / ed. Debout Sur l’Oeuf, 2014
ALMA SEM CURA / ed. Autor, 2014
PENA DE MORTE / ed. Companhia das Ilhas, 2018
PARASITAS MORTAIS / ed. Debout Sur l’Oeuf, 2019
Kr – CRIPTÓNIO / ed. Flan de Tal, 2021
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Aterro
A sucessão de actos em Aterro sugere uma aproximação da literatura ao teatro sombrio e desolador da era contemporânea. No encalço de obras anteriores como Ranço, Jorge Aguiar Oliveira traça uma geografia da decadência e da putrefacção, alicerçada na construção de cenários poéticos poliédricos, escatológicos, apocalípticos, povoada mais pela máquina humanizada do que pela acção humana, esta cada vez mais mecanizada, entorpecida e alienada, agrilhoada a uma nova ética da vigilância, disfarçada de conexão e leveza, dentro da qual tudo o que se movimenta "deve ser domesticado-amestrado logo de início".
O negrume ácido destes poemas, assomado por imagens densas e hostis, ritmos sulfúricos, disrupções sintácticas e morfológicas, colocam-nos perante uma voz irreverente e inquieta, que não só não receia nenhum confronto com o desconforto em que nos coloca, como, aliás, parece disposta a assombrar-nos com as suas visões de um mundo em decomposição, feito de despojos poluídos com a promessa de um progresso triunfal.
O negrume ácido destes poemas, assomado por imagens densas e hostis, ritmos sulfúricos, disrupções sintácticas e morfológicas, colocam-nos perante uma voz irreverente e inquieta, que não só não receia nenhum confronto com o desconforto em que nos coloca, como, aliás, parece disposta a assombrar-nos com as suas visões de um mundo em decomposição, feito de despojos poluídos com a promessa de um progresso triunfal.