Joaquim Magalhães de Castro
Biografia
Nasceu nas Caldas de São Jorge, em Santa Maria da Feira. Escritor, jornalista independente, fotógrafo e investigador da História da Expansão Portuguesa, é autor dos livros Mar das Especiarias, Viagem ao Tecto do Mundo – O Tibete Desconhecido, No Mundo das Maravilhas (integrados no Plano Nacional de Leitura), Oriente Distante e Na Senda de Fernão Mendes Pinto. Publicou ainda os álbuns fotográficos Os Bayingyis do Vale do Mu – Lusodescendentes na Birmânia, A Maravilha do Outro – No Rasto de Fernão Mendes Pinto e Sagres – Nossa Barca.
É também autor dos documentários televisivos Bayingyi, a Outra Face da Birmânia, Himalaias – Viagem dos Jesuítas Portugueses e De um Lado para o Outro – Diários da Mongólia. Colabora na imprensa de Portugal e de Macau, onde habitualmente reside.
É também autor dos documentários televisivos Bayingyi, a Outra Face da Birmânia, Himalaias – Viagem dos Jesuítas Portugueses e De um Lado para o Outro – Diários da Mongólia. Colabora na imprensa de Portugal e de Macau, onde habitualmente reside.
partilhar
Em destaque VER +
Costa da Memória
Em 1793, Marrocos encontrava-se em guerra. Abdessalam, o filho designado pelo imperador para o suceder, à família real e às concubinas que saíssem de Casablanca. A viagem até Rabat não deveria demorar mais do que dois ou três dias, mas uma tempestade arrastou as embarcações para o Atlântico.
Depois de quase perecer num naufrágio, a comitiva marroquina chegou à ilha da Madeira e depois aos Açores. Nesta ilha, foi obrigada a aceitar a ajuda de experientes marinheiros portugueses que a guiou até Lisboa, onde chegou bastante debilitada. Na capital do reino, mandatado pela rainha D. Maria I, Frei João de Sousa, um prestigiado arabista, mediou os encontros diplomáticos, tornando-se o homem que mais privou com as princesas marroquinas. Mas a presença da inusitada comitiva estendeu-se por mais tempo do que o esperado e dentro do grupo de concubinas nem todas pareciam querer, voltar a Marrocos.
Depois de quase perecer num naufrágio, a comitiva marroquina chegou à ilha da Madeira e depois aos Açores. Nesta ilha, foi obrigada a aceitar a ajuda de experientes marinheiros portugueses que a guiou até Lisboa, onde chegou bastante debilitada. Na capital do reino, mandatado pela rainha D. Maria I, Frei João de Sousa, um prestigiado arabista, mediou os encontros diplomáticos, tornando-se o homem que mais privou com as princesas marroquinas. Mas a presença da inusitada comitiva estendeu-se por mais tempo do que o esperado e dentro do grupo de concubinas nem todas pareciam querer, voltar a Marrocos.