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Quarentena
«Não acreditei que a pandemia mudasse a humanidade no que aos seus paradigmas diz respeito. (…)
Quatro poetas diante da mesma imensidão, procurando encontrar tradução para certo absurdo, que é, de todo o modo, o lugar normal do poeta, são essa ciência única que alude ao fenómeno através do infinito da imaginação. Não só abordam o fenómeno como o imaginam, capazes de uma meditação que amplia e chega a um outro lugar. Todo o sentido é chegar a um outro lugar, único e sempre estrangeiro em relação até ao autor e até a Deus. Ou, então, o lugar denunciado de Deus, esse escondido e proibido a que queremos tanto chegar, talvez possamos roubar por um verso, por uma nesga de um quadro ou de um trecho de Vivaldi.
Enquanto a pandemia acontece, os poetas foram humanos. Lembraram que haverá sempre prova de ter existido tal força no universo, a da poesia contra tudo quanto ataca o corpo e o espírito. Um só verso pode conter maior eternidade do que aquela que há na rocha. Este livro pode conter maior eternidade do que aquela que há na rocha.»
In Manifesto de Triunfo
Posfácio de Valter Hugo Mãe
Quatro poetas diante da mesma imensidão, procurando encontrar tradução para certo absurdo, que é, de todo o modo, o lugar normal do poeta, são essa ciência única que alude ao fenómeno através do infinito da imaginação. Não só abordam o fenómeno como o imaginam, capazes de uma meditação que amplia e chega a um outro lugar. Todo o sentido é chegar a um outro lugar, único e sempre estrangeiro em relação até ao autor e até a Deus. Ou, então, o lugar denunciado de Deus, esse escondido e proibido a que queremos tanto chegar, talvez possamos roubar por um verso, por uma nesga de um quadro ou de um trecho de Vivaldi.
Enquanto a pandemia acontece, os poetas foram humanos. Lembraram que haverá sempre prova de ter existido tal força no universo, a da poesia contra tudo quanto ataca o corpo e o espírito. Um só verso pode conter maior eternidade do que aquela que há na rocha. Este livro pode conter maior eternidade do que aquela que há na rocha.»
In Manifesto de Triunfo
Posfácio de Valter Hugo Mãe