Vagabundagem na Poesia de António Ramos Rosa
Seguido de uma antologia
de Casimiro de Brito
Sobre o livro
Lê-lo é não só tomar contacto com a sensualidade telúrica da poética solar de Ramos Rosa, viajante, entre o corpo e a terra, mas (re)conhecer a sua contensão e pudor. Há algo de elementar na sua relação com a água, a terra, o fogo, o ar, que se assume como experiência não só da linguagem, mas de uma apropriação do mundo. O corpo é grande e heidegerianamente temporal «na solidão ignorada», e nesse murmúrio tão intenso se faz o labor desta escrita entre a consciência e o mundo. Casimiro de Brito proporciona ao leitor um itinerário criterioso em torno de uma obra que vai de uma certa aridez abstraccionista ao fulgor metafórico.