Talismã
de Carlos Alberto Machado
comentar
Editor:
Assírio & Alvim
Edição:
novembro de 2004
Portes
Grátis
Grátis
10%
12,20€
RESERVAR NA LIVRARIA
Livrarias
Sobre o livro
Este é o quinto livro de poemas do autor e o primeiro na Assírio & Alvim.
«Ofereces-me uma pedra negra mágica que trazes do norte / e as minhas palavras e as minhas mãos detêm-se sem saber / por quanto tempo irão ficar na soleira da noite e do dia / tacteamos os corpos em busca de memórias adormecidas / ocultas por sucessivas camadas de palavras por dizer / deslizamos para o chão sem resposta e o fumo sobe / equilibra-se em nuvem sobre as nossas cabeças e evola-se / em direcção a uma lua vermelha momentaneamente apagada/ ao som do bob marley fazes as malas e partes e eu fico / a arrumar as minhas mãos e as palavras atrapalhadas / no fumo desorientado pela ausência de um ponto cardeal / junto cuidadosamente os teus cabelos rubros perdidos / entranço uma bola de fogo e guardo-a na memória / acendo uma dúzia de paus de incenso e imagino uma igreja / de adoradores do silêncio que e! scorre por entre as preces / a tua pedra negra regressa à minha mão fechada / e ilumina como um sol a minha noite em claro / virás por uma palavra?»Uma demanda de corpos e palavras. Porque «é difícil dizer o que os corpos sentem quando se dão». Sem «instruções de montagem.»
Comentários
Da mesma coleção
Detalhes do produto
Talismã
ISBN:
978-972-37-0965-0
Ano de edição:
11-2004
Editor:
Assírio & Alvim
Idioma:
Português
Dimensões:
144 x 205 x 4 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
48
Tipo de Produto:
Livro
Coleção:
Poesia Inédita Portuguesa
Classificação Temática:
Desde que Ernst Cassirer propôs a definição do homem como animal symbolicum, que não mais fez sentido reduzir o ser humano a uma natureza homogénea determinada pelo seu poder de racionalização da ordem cósmica. Talismã, o livro, parece afinar-se por esse diapasão, pois o poder que sublinha é o poder mágico da palavra. Há muito que não se sentia na poesia portuguesa uma tão conseguida convivência entre um discurso ao mesmo tempo repleto de imagens, mais ou menos oníricas, e claramente enraizado no mais quotidiano real. O que confere redobrada consistência a essa ideia de uma relação permanentemente exposta entre o corpo (real) e a palavra (imagem).