Roteiros da Memória Urbana - Lisboa
Marcas deixadas por libertários e afins ao longo do século XX
de Maria Alexandra Lopes Campanhã Lousada e João Freire
Sobre o livro
No primeiro terço do século XX, Lisboa era, como desde há muito, a maior cidade do país, com o principal volume de força-de-trabalho dependente, e também a urbe mais sensível e avançada do ponto de vista cultural. Logicamente, o movimento social atingiu aqui a sua expressão pública mais visível e influente, alicerçado no operariado e num sindicalismo orgulhoso da sua independência e afirmação própria, ao qual as doutrinas anarquistas acrescentavam uma sedutora composição ideológica. Mas também foi um movimento mais diversificado e menos coeso do que em outras regiões do país, acusando mais cedo de que todas os efeitos das grandes mudanças externas, da revolução russa à vitória dos nacionalistas na guerra da vizinha Espanha, do domínio cultural anglo-americano ao estertor do nosso colonialismo em África. No último quarto de século, com o 25 de Abril de 1974, Lisboa voltou a sentir os tremores revolucionários e viu emergir os "novos movimentos sociais".
Projecto "Movimento social crítico e alternativo: memória e referências".