Raparigas como Nós
de Helena Magalhães
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Sobre o livro
Finalista Prémio Livro do Ano Bertrand 2019
Uma história de amor irresistível, que é também o retrato de uma geração que cresceu sem redes sociais. Pode uma paixão da adolescência marcar o resto da vida?
Festivais de Verão, tardes na praia, experiências-limite com drogas, traições e festas misturam-se com amores improváveis e velhas amizades. Um romance intemporal nos cenários de Lisboa, Cascais e Madrid, que mostra tudo o que pode esconder-se atrás da vida aparentemente normal de uma rapariga… como tu.
«Beijamo-nos ao som daquela música que ouvia em casa sozinha deitada na minha cama. Durante o resto da vida, não importaria o que estivesse a fazer ou onde, quando ouvisse os primeiros acordes […], recordar-me-ia do olhar do Afonso fixado em mim, da sua mão no meu rosto, do meu coração a tremer e de me sentir a rapariga mais feliz do mundo. Porque Lisboa está cheia de bares a abarrotar de miúdas bonitas que, num piscar de olhos, se colocariam de gatas a ronronar nas suas pernas. Mas ele viu-me a mim.»
«Se algum dia se sentirem sozinhas, estranhas, deslocadas do mundo que vos rodeia, lembrem-se da Isabel, da Alice, da Luísa, da Marina e até da Marisa das argolas… Raparigas como nós.»
Comentários
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Fiquei desiludida...
Tal como a escritora também é um livro que deixa a desejar. Não gostei, não senti nenhuma ligação com as personagens e com a história.
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Livro espetacular!!! ¿¿
Mais uma leitura enriquecedora e moderna, bastante divertida, contando com uma história única, apaixonante e rica e conteúdo. Adorei. 5 estrelas.
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Raparigas como Nós
Ainda nem consigo muito bem processar o final, a escrita cativante e urgente da Helena. Absolutamente urgente, sim. Ela fala sobre os assuntos certos, toca nas feridas que merecem ser identificadas, abordadas, saradas, tudo isto sem nunca perder o romance, a leveza e a magia dos livros young adult. É a reunião de todas as coisas boas que aprecio no género, com uma individualidade única, típica da forma bonita como ela nos tem vindo a conquistar ao longo destes anos. Já leio young adult há imensos anos. Ela conseguiu fazer algo diferente, algo muito português, muito nosso, sem perder os traços que nós adoramos neste tema. Não é um romance sobre um Afonso ou um Simão, é um romance sobre ser rapariga, Isabel ou Alice, enfim - raparigas como nós. É um romance sobre crescer, sobre lidar com os problemas da adolescência e do início da vida de adulto, num Portugal que continua a meter debaixo do tapete tudo aquilo com que tem medo de lidar.
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Transportamo-nos para lá
Longe das redes sociais, no meu caso até dos telemóveis, esta é uma adolescência igual a tantas outras, onde os jovens se reuniam a jogar cartas, a ouvir músicas nos walkmans, que trocavam bilhetinhos de amor, e que seguiam o rapaz dos seus sonhos para todo o lado. É um livro que se lê muito bem e que nos envolve de tal forma, que depressa nos transportamos para lá. E a "Rapariga Como Nós" Helena Magalhães conquistou-nos a todas as que lemos o seu livro, a julgar por todas as opiniões positivas. A mim resta-me recomendar a sua leitura aqui, mas também emprestar às minhas amigas, amigas de juventude, para se reverem também nestas histórias.
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É uma agradável lufada de ar fresco
"Raparigas Como Nós" é uma agradável lufada de ar fresco que nos traz à memória uma era onde o romance surgia sem depender de aplicações… Ele é doce, sem enjoar, é intenso, sem o “too much”, é dramático, sem deprimir… É uma espécie de tudo-em-um que me deixou com as emoções em frangalhos. Mesmo sabendo que se trata de uma história de ficção, a Helena descreveu tudo de uma forma tão real que foi capaz de me fazer sentir como se estivesse a “viver” o seu livro à medida que lia cada página. (...) Adorei conhecer os personagens da Helena! O Afonso, a Isabel e os seus grupos de amigos bem loucos tiveram um grande impacto em mim e prenderam-me da primeira à ultima página!
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Reviver emoções marcantes
Andava a algum tempo afastada dos romances e quando me deparei nas redes sociais com este livro decidi que era com este que ia voltar a ler um romance. Não podia ter feito melhor escolha. Conseguiu prender-me logo nas primeiras páginas e voltei a estar longas horas embrenhada na leitura. Este livro fez-me recordar a minha vida entre os 17 e os 25 anos. Estive longe de me identificar com a Isabel em algumas coisas, mas noutras a Isabel recordava quem eu tinha sido. Recordei o Afonso e o Simão da minha vida, porque por ironia ou não do destino tive os 2 e com finais semelhantes. Até os locais que por onde a Isabel e os restantes passeavam me trouxeram recordações boas e felizes de uma adolescência marcante. A escrita da Helena é simples, mas rica. Adoro as referências que vai fazendo ao longo da história da Isabel a livros, músicas e ou pessoas conhecidas. Consegue-se sentir o trama, o amor, a perda e a felicidade na sua escrita. Aconselho terem uns lenços de papel por perto, especialmente para os capítulos finais. Fiquei com muita vontade de ir ler o seu primeiro livro: Diz-lhe que não!
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UM LIVRO QUE RECOMENDO!
Algo que é visível neste livro é que o mesmo foi escrito em diferentes alturas. Não é que isto seja algo negativo, pelo contrário, acrescenta ao livro uma outra dimensão, aumentando a complexidade do mesmo. Na primeira parte do livro o tom é mais colorido, o ambiente é mais à “conto de fadas”. Sinceramente, não gostei muito da segunda parte, a parte da infância. Teria gostado muito mais se esta apenas tivesse umas 20/25 páginas em vez das 65 que tem. Acredito que a grande extensão desta parte quebrou um pouco o ritmo da história. Uma característica que gostei imenso neste livro foi o facto de abordar vários temas importantes e reais sem que estes soassem forçados. A exposição destes temas foi sempre muito natural e fluída. Com esta obra, Helena coloca em discussão temas como as drogas, a violência perante a mulher e o facto de esta ter medo de sair à rua sozinha, o término de relações entre outros. Gostei muito das personagens, foram muito bem desenvolvidas e o leitor ganha empatia quanto às mesmas. É de ressaltar a capacidade da Helena de fazer o leitor não gostar de certas personagens, mas adorar outras. Graças à escrita cativante e fluída é um livro que, apesar de ter 423 página, se lê rapidamente. Além disto, é um livro muito completo e bem elaborado com tronco, membros e cabeça. Sem dúvida que é um ótimo livro que se encaixa perfeitamente no seu género, sendo comparável a livros YA internacionais e premiados.
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Imperdível
Bem, terminei este livro emocionada, muito emocionada e enquanto escrevo estas linhas sinto que corri uma maratona. Caramba, que viagem. Em "Raparigas como Nós" encontro uma Helena mais madura, profunda, mas igualmente sincera, crua e sem filtros. Este é um livro que fala de todos nós, da nossa geração, do nosso eu adolescente, das músicas que ouvíamos, das roupas que vestíamos, da turbulência de sentimentos que sentíamos, dos amores e desamores, das amizades profundas e é tão fácil apaixonarmo-nos pelas personagens porque em todas elas encontramos um pouco de nós. Descrições maravilhosas, emoções fortes... está tudo ali. Sem querer desvendar muito, posso dizer que a primeira parte me arrebatou, foi imediatamente um reviver da minha história de amor, a facilidade com que nos rendemos e apaixonamos está impressa e sente-se em cada linha. Poderia dizer tanto, mas fico-me por isto: garanto-vos que é um livro que nunca esquecerei.
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Uma carta de amor à juventude
Há muito tempo que não lia um livro assim, um livro que me falasse tão perto do coração. "Raparigas Como Nós" é muito mais do que uma história, é uma carta de amor a uma juventude que tive e a cada página poderia encontrar um pedaço de algo que já fez ou faz parte mim. O nosso passado é como matéria viva quando colocada na situação perfeita, nem sempre lhe podemos fugir e por vezes até procuramos conforto nas memórias que nos deram personalidade. A meio da leitura já não lia as palavras da Helena, lia sim as palavras de Isabel e esmiucei cada palavra e quis entender cada atitude e emoção que me era apresentada. Houve partes onde vi crescimento pessoal, outras onde vi inocência na sua forma mais pura mas também duras realidades que foram descritas de forma crua, demonstrando todas as imperfeições que a vida tem. Vou sentir saudades da espontaneidade do Afonso, da amizade da Alice, da loucura do Simão e do seu grupo e até da estupidez do Ventura e da Marisa, mas principalmente vou sentir a falta de reviver momentos meus nas palavras da Isabel, a sonhadora que não se acha digna de clichês e de um amor inesquecível. "Sempre o pé descalço, nunca o sapatinho de cristal" é das minhas citações preferidas deste livro porque para além de definir tão bem aquilo que a nossa protagonista está a passar, sempre foi um pouco aquilo que senti em relação a mim. É também uma leitura interactiva, dei por mim a fazer um percurso de GPS mental enquanto via as personagens a percorrer cantos e recantos de uma das cidades mais belas que já conheci, Lisboa. Nunca mais irei passear na capital da mesma forma e as minhas viagens no eléctrico 15 agora vão ter outro sabor, principalmente se estiver bem acompanhada por uma boa banda sonora. A escrita da Helena sai das mais de 400 páginas e ganha vida na nossa mente de forma inexplicável, alimenta-nos o léxico e o coração e fico muito contente de ter tido a oportunidade de ler este livro e dele fazer parte da minha estante pois é especial, único e que me marcou.
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Romance intemporal
Acabei há pouco de ler este livro. Já esperava por ele há algum tempo, mas quis o “destino” que ele me viesse parar às mãos num dia cujas temperaturas se assemelhavam às do verão de 2004, quando se inicia a narrativa. Com a Isabel, a Alice, o Simão, o Nico, a Marisa, o Zeca, o Afonso e o Ventura viajei até à minha adolescência. A Helena conseguiu reproduzir e descrever, de forma detalhada e deliciosa, episódios que muitas (e muitos) de nós vivenciámos. A mudança de milénio e o medo (algo tolo, sobretudo se visto à luz dos conhecimentos que hoje possuímos) de que se desse um apocalipse. As idas às gomas, os sonhos e fantasias, as conversas e a partilha. A magia e inocência da troca de olhares, as paixões arrebatadoras, o sentir o nosso coração explodir de alegria e, também, partir-se em mil pedaços. O acharmo-nos estranhos (no nosso corpo e no mundo) e desenquadrados. São também abordadas a depressão, a toxicodependência, a morte, as relações parentais (mais ou menos nutritivas) e a importância do consentimento nas relações de intimidade. Apesar de a Isabel dizer que não é uma pessoa de relações, elas são a alma deste livro. As pessoas entram nas nossas vidas, por vezes sem sabermos bem o motivo, e podem transformá-la por completo. Quando conhecemos alguém não imaginamos as batalhas que o outro pode estar a travar nem como, por vezes, o sofrimento, mesmo na adolescência, se pode manifestar de formas tão diversas (a menina certinha, o palhacinho da turma e a mean girl… todos têm os seus fantasmas). É impossível avaliarmos o poder que as nossas palavras e o nosso comportamento têm na vida de outrem, para o bem e para o mal. Na verdade, adolescentes ou adultos, todos queremos sentir que pertencemos, ser amados, compreendidos e Vistos (com maiúscula, sim!). O amor, em todas as suas formas, é o que move a Isabel. Ao longo da história ela vai-nos relatando quão necessários são tanto os dissabores (tão intensos nesta fase da vida) quanto os encontros e os desencontros com todas as outras almas que se atravessam no nosso caminho. Sem tudo isto, temos muito mais dificuldade em apreciar a beleza que há no mundo e as relações com aqueles com quem podemos ser quem somos, sem filtros e sem receio de boiar nas marés da vida. Sorri muitas vezes ao longo desta leitura, que mal terminou e já deixa saudades. No entanto, no final, depois de um baque, antecipado mas simultaneamente inesperado, senti uma ternura enorme. Foi bom percorrer estas páginas, sonhar e sofrer com as personagens. A escrita da Helena Magalhães é clara, simples e envolvente e ainda bem que ela voltou a ler o seu diário de quando tinha 14 anos para trazer até nós esta obra de arte. Ela é, de facto, uma contadora de histórias, mais do que uma mera escritora. Este livro faz-nos sonhar e refletir, podendo ser lido por miúdos e graúdos. Tirando as redes sociais, que na altura eram muito insipientes, todos passamos pelos mesmos dilemas que tornam a adolescência um doce e efervescente carrossel de emoções, indiscutivelmente acompanhada de uma banda sonora que ficará para sempre connosco. Obrigada, Helena!
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Ao longo do livro são retratados vários temas como amizades, saídas à noite, relações amorosas, assédio, drogas e álcool de uma forma que prende o leitor e que deve ser explicada para que não sejam cometidos os mesmos erros que Isabel, uma rapariga como nós, com problemas de adolescentes, dúvidas sobre o futuro, peripécias e aventuras.
Decidi ler este livro sem ter nenhum background anterior da escrita da Helena. Surpreendeu-me. Um romance leve, fresco, jovem. Passado entre 1999 e 2004, numa época em que ser adolescente era completamente diferente dos dias de hoje mas, ainda assim, muito igual. Acompanhamos as paixões, as amizades, as aventuras e vivencias de um grupo de amigos que pode perfeitamente ser o nosso grupo de amigos, tal são as semelhanças. Numa escrita bem construída, fluída, bem estruturada que nos prende da primeira à última página. Há muito tempo que não dava por mim a pensar em personagens literárias durante o dia e, com o Raparigas como Nós, isso aconteceu. Um romance para jovens e adultos, sem dúvida.