Pensamentos
de Blaise Pascal; Tradução: Miguel Serras Pereira
Grátis
Sobre o livro
«Pascal oferece muito sobre que o mundo moderno faria bem em pensar. E de facto, por causa da sua combinação e equilíbrio únicos de qualidades, não sei de nenhum escritor religioso mais pertinente para o nosso tempo. Os grandes místicos, como São João da Cruz, são em primeiro lugar para leitores com um objetivo especialmente determinado; os escritores devotos, como São Francisco de Sales, são em primeiro lugar para aqueles que já se sentem conscientemente desejosos do amor de Deus; os grandes teólogos são para os interessados em teologia.
Todavia, não consigo pensar em nenhum autor cristão, nem mesmo Newman, que mais do que Pascal devesse ser recomendado àqueles que duvidam, mas que têm a capacidade intelectual para conceber e a sensibilidade para sentir a desordem, a futilidade, a ausência de sentido, o mistério da vida e do sofrimento, e que apenas conseguem encontrar paz através da satisfação de todo o ser.»
[Da Introdução de T. S. Eliot]
Que melhor apresentação se poderia fazer de Pascal do que afirmar de que sendo cristão e estando os seus escritos impregnados com a sua moral cristã foi classificado por Nietzsche como um génio? É claro que Nietzsche rejeitava tudo o que fosse a defesa da moral e valores cristãos - Nietzsche era, como Fernando Pessoa o chegou a descrever, um cristão avinagrado - mas reconhecia ao tempo a genialidade incontestável do autor. Pascal é definitivamente intemporal.