O Deserto dos Tártaros
de Dino Buzzati; Tradução: Margarida Periquito
Grátis
Sobre o livro
«Um dos romances mais importantes da história da Literatura mundial.» — Umberto Eco
Recém-nomeado oficial, Giovanni Drogo é destacado para a inóspita Fortaleza Bastiani, situada no limite do deserto, outrora reino dos míticos Tártaros. Uma vez lá chegado, Drogo é contaminado pelo clima heróico e ávido de glória que parece petrificar, numa espera perene, oficiais e soldados. Passam-se meses e anos, devorando juventude e sonhos. Todos aguardam o dia em que os inimigos virão do Norte e a guerra terá início.
Uma das obras-primas do século XX, que projectou a fama internacional de Buzzati, O Deserto dos Tártaros foi publicado em 1940 e adaptado ao teatro por Albert Camus e ao cinema, num filme de culto realizado por Valerio Zurlini.
Umberto Eco
Comentários
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Um final muito especial
Recomendo a leitura desta obra. No final, pensamos que estamos perante alguém que ´´morreu na praia´´, mas, na realidade, trata-se de um final feliz, alguém que partiu em paz. O que talvez não tivesse acontecido caso Drogo tivesse vivenciado aquilo que tanto almejava.
Devo admitir que certas passagens são um aperto na garganta. De um modo geral, o romance está imbuído de uma suntuosa melancolia, que nos convida a aproveitar as oportunidades que nos são oferecidas para não sermos inundados pelo tempo que engole tudo no seu caminho... Um verdadeiro alerta contra a rotina, os hábitos, as soluções fáceis que podem dissolver o nosso vínculo com a sociedade e os planos que estipulamos para nós mesmos. Este livro não nos deixa indiferentes. Conseguindo não nos deixar vencer pelo terrível tédio no qual Giovanni Drogo se encontra, pode considerar-se este romance uma obra-prima literária e filosófica.