Imre Kertész
Biografia
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2002
Nascido em 1929, em Budapeste, numa família judia, Imre Kertész foi prisioneiro em Auschwitz em 1944 e, mais tarde, em Buchenwald e Zeitz, tendo sido libertado em 1945. Depois do final da Segunda Guerra Mundial, foi repatriado, e a breve carreira de jornalista em que se lançou terminaria rapidamente. Sem Destino, o seu primeiro romance, tomar-lhe-ia uma década de escrita, iniciada em 1961, e o livro só veria a luz do dia em 1975. Nessa época, dedica-se também à tradução de autores como Nietzsche, Freud e Wittgenstein. Já emigrado em Berlim, na Alemanha, continuou a escrever, a publicar e a traduzir. É já nos anos 1990 que a sua obra começa a ganhar expressão mundial e a receber prémios e distinções, culminando na atribuição do Prémio Nobel da Literatura, em 2002. O autor morreria em 2016, na sua cidade natal, Budapeste.
Nascido em 1929, em Budapeste, numa família judia, Imre Kertész foi prisioneiro em Auschwitz em 1944 e, mais tarde, em Buchenwald e Zeitz, tendo sido libertado em 1945. Depois do final da Segunda Guerra Mundial, foi repatriado, e a breve carreira de jornalista em que se lançou terminaria rapidamente. Sem Destino, o seu primeiro romance, tomar-lhe-ia uma década de escrita, iniciada em 1961, e o livro só veria a luz do dia em 1975. Nessa época, dedica-se também à tradução de autores como Nietzsche, Freud e Wittgenstein. Já emigrado em Berlim, na Alemanha, continuou a escrever, a publicar e a traduzir. É já nos anos 1990 que a sua obra começa a ganhar expressão mundial e a receber prémios e distinções, culminando na atribuição do Prémio Nobel da Literatura, em 2002. O autor morreria em 2016, na sua cidade natal, Budapeste.
Prémios
2002 - Prémio Nobel da Literatura
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Sem Destino
O primeiro e mais lido romance do Prémio Nobel da Literatura narra o quotidiano em Auschwitz e Buchenwald pelos olhos de um rapaz adolescente.
Georg Koves tem quase 15 anos quando é arrancado de sua casa, em Budapeste, e posto num comboio para Auschwitz. No seu espírito e no seu coração, nada compreende sobre o que lhe está a acontecer. Sim, é judeu, mas raramente pensa em si como tal. Agora, ouve dos outros prisioneiros: «Tu não és judeu.» E ali está Georg, no campo que havíamos de conhecer por tremendos horrores, um rapaz judeu no meio de judeus, sentindo-se completamente excluído.
Porém, é esse lugar de não-pertença que permite ao rapaz que narra este livro ter um olhar diferente, agudo, sagaz sobre o que está a acontecer à sua volta. É esse isolamento que nos deixa ouvir a história que conta, procurando incessantemente dar sentido à barbárie, ver beleza no mais terrífico cenário, iluminar aquele mundo.
Georg Koves tem quase 15 anos quando é arrancado de sua casa, em Budapeste, e posto num comboio para Auschwitz. No seu espírito e no seu coração, nada compreende sobre o que lhe está a acontecer. Sim, é judeu, mas raramente pensa em si como tal. Agora, ouve dos outros prisioneiros: «Tu não és judeu.» E ali está Georg, no campo que havíamos de conhecer por tremendos horrores, um rapaz judeu no meio de judeus, sentindo-se completamente excluído.
Porém, é esse lugar de não-pertença que permite ao rapaz que narra este livro ter um olhar diferente, agudo, sagaz sobre o que está a acontecer à sua volta. É esse isolamento que nos deixa ouvir a história que conta, procurando incessantemente dar sentido à barbárie, ver beleza no mais terrífico cenário, iluminar aquele mundo.