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Sobre o livro
Nana é uma das obras mais conhecidas do célebre romancista francês Emílio Zola.
A personagem central, que dá nome ao romance, chama-se precisamente Nana. Filha de pai alcoólico e de uma lavadeira, Nana, medíocre artista de teatro, mas com um corpo de Vénus e uma sexualidade desequilibrada e vulcânica, torna-se o tipo perfeito de prostituta de luxo, da cortesã da sociedade francesa dos tempos do Segundo Império.
Personalidade contraditória, atinge a riqueza à custa do comércio carnal, sobretudo na alta-roda da aristocracia e da finança, e reina, no seu palacete da Avenida Villiers, entre móveis de laca branca e no meio de um perfume perturbante, como a força voluptuosa e brutal, sem inteligência e sem amor embora não totalmente deserta de sentimentos humanos, que irresistivelmente atrai, corrompe e arruína, até morrer, como um destroço, numa decomposição antecipada.
Zola supera, no entanto, o âmbito da história individual, para nos apresentar, num quadro profundamente realista, a corrupção durada das classes francesas mais elevadas da época de Napoleão III.