José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974.
É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras.
Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior, e em 2016 recebeu, no Brasil, o Prémio Oeanos com Galveias. As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Os seus romances estão traduzidos em mais de trinta idiomas.
Para saber mais sobre o autor: https://www.joseluispeixotoemviagem.com(...)
Um relato da morte de um pai que é impossível ler sem se ficar comovida. Um livro com uma carga emocional muito forte. Foi o primeiro livro que li do autor e adorei a forma como ele descreve os sentimentos através das palavras.
Para mim esta é a melhor obra do autor José Luís Peixoto, na qual consegue exteriorizar por intermédio da escrita e de uma cuidada prosa poética, a dor da perda do seu pai! Doloroso para o leitor porque se sente a viver o mesmo sofrimento, mas soberbo!
Talvez a descrição de luto mais poética e intensa que alguma vez li. Um livro sobre a dor, a morte, a perda de um pai, escrito pela pena mágica de um predestinado... Um livro que se devora, sente, entra em nós e deixa-nos sem ar, mas que ao mesmo tempo nos preenche de forma sublime.
Um livro em que o autor presta homenagem à figura paterna de uma forma belíssima. O amor filial aqui retratado de forma sublime.
Uma descrição da dor da perda de um pai da forma mais sublime que se pode imaginar. A dor ganha beleza, quase que a sentimos a destroçar-nos também, palavra a palavra. O escritor conquista a perfeição numa das técnicas mais difíceis da arte da escrita. Ao ler, podemos parar para pensar como é que o consegue fazer com tanta leveza, mas ao mesmo tempo com uma carga de dor tão grande.
Este livro tem como tema principal o luto pela morte do pai. O que o autor consegue é criar um texto de extrema sensibilidade, sem apelar somente para a melancolia que a perda de um pai pode trazer.
Um livro intenso, emotivo com uma dor tão enraizada, ao qual não se pode ser indiferente. Contudo mesmo com toda a intensidade e carga negativa, que é caraterística da perda, não deixa de ser comovente a forma como José Luis Peitoxo descreve as memórias que tem da sua vivência com o pai.