Matteo perdeu o emprego
de Gonçalo M. Tavares
Sobre o livro
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Matteo responde a um anúncio de emprego. Toca à campainha e uma mulher recebe-o. Mas a mulher apresenta uma particularidade estranha. É a primeira proposta de trabalho de Matteo em muitos meses: aceita-a. Mas Matteo não suporta aquele ofício durante muito tempo. Responde a um novo anúncio. Toca à campainha e um homem abre a porta e recebe-o. De novo, a mesma particularidade estranha.
Várias personagens e episódios sucedem-se como peças de dominó que vão caindo umas sobre as outras. As personagens cruzam-se e cada uma delas é abandonada quando surge a seguinte. São ligações sucessivas - até que se chega a Matteo, o homem que perdeu o emprego.
Courrier Internacional
Le Figaro Magazine
The Independent
É sem duvidas um dos livros mais ricos que já li! Acredito que cada leitor irá interpretar o livro de forma diferente, pois são tantas as pequenas histórias e as metáforas contidas nelas, que cada historia tocará de forma especial a quem a ler. O livro apresenta-se em duas partes, a primeira parte por ordem alfabética temos as diferentes personagens que em histórias curtas e interligadas por pequenas situações do quotidiano, nos expõe diferentes metáforas da vida (e.g. as rotundas como metáfora do ciclo da vida). Cada uma destas personagens é possuidora de um traço de personalidade bastante peculiar, o que por vezes nos leva às gargalhadas. Através do encadeamento chegamos à personagem principal, Matteo e o seu problema com o emprego. Deixar o emprego para ficar na "corda bamba" do desemprego, ou deixar de ser exigente e aguentar as particularidades deste. Na segunda parte encontramos uma espécie de ensaios das diferentes histórias, por vezes em forma de explicação destas por outras em forma de reflexão filosófica obrigando-nos a questionar e a desenvolver a nossa opinião acerca. Fica a ideia, ser exigente e mudar até alcançar o que queremos ou sabermos aceitar e adaptarmos às peculiaridades mantendo-nos seguros. Afinal, quem tudo quer tudo perde!