Lusofonia na Europa do Norte dos Séculos XVII e XVIII
de Pedro da Silva Germano
Grátis
Sobre o livro
Nesta obra o autor pretende destacar o âmbito histórico da utilização da língua portuguesa na Europa e seus territórios durante dois séculos: XVII e XVIII.
No título usa o termo lusofonia que deveria ser complementado por outro: lusofilia.
Para explanar o tema, recorre primeiro a uma introdução abrangente e muito genérica dos vários planos e momentos de expressão literária nos referidos séculos, sem esquecer alguns textos sobre questões científicas no domínio da medicina, da economia, da filologia, etc. e selecciona um corpus limitado de poemas em português, produzidos por uma comunidade de exilados portugueses e seus descendentes a partir do século XVI. Refere-se especialmente à comunidade dos chamados judeus portugueses que viveram em Amesterdão e em comunidades mais ou menos próximas, por exemplo Altona e Hamburgo, com as quais mantiveram estreitas relações culturais, organizativas e afectivas.
Nessa introdução elabora ainda uma lista das principais figuras de relevo na cultura europeia e ocidental, sem as relacionar sempre com as comunidades de sefarditas portugueses.
O corpus de poemas foi organizado como uma manifestação da exemplar persistência do uso do português e da cultura portuguesa em situação de exílio forçado. Esses textos na sua maioria integram os do volume II da sua tese de doutoramento na Sorbonne, Paris IV, em 2004. Agora, vão introduzidos por uma classificação em português, reorganizados e complementados com posteriores achegas e com o aparato das notas de rodapé em português.
Os poemas integram-se nas tendências literárias em vigor nas respectivas épocas
A obra é fechada pela biobibliografia dos autores dos textos reproduzidos, por uma correspondente bibliografia essencial e pelo índice dos autores e dos poemas transcritos.
Os poemas vão organizados em grupos temáticos conforme os destinatários e as preocupações e evolução do grupo social dos poetas na sua problemática ligação à pátria de origem.
As balizas da referida produção literária foram datadas do século XVII ao XVIII, embora o uso do português se tenha prolongado até ao século XIX e em situações muito residuais, até aos meados do século XX.