Futuro do Político, Passado do Historiador
O "historicismo" no pensamento de Raymond Aron e outros adversários: Leo Strauss, Isaiah Berlin, Frieddrich Hayek e Karl Popper
de José Colen
Sobre o livro
Raymond Aron é um dos grandes pensadores do século XX, sobretudo conhecido pela sua crítica e combate empenhado aos totalitarismos. Neste livro tenta-se argumentar que a inegável importância do seu pensamento para a teoria política contemporânea não deriva apenas da sua intervenção nos combates ideológicos do séc. XX, mas radica numa teorização enriquecida pelos seus estudos "impregnados de história", ainda que não sistemática. O "método comparativo" que propugnava é uma disciplina capaz de fazer a análise e a distinção, com tons de cinzento, entre sociedades e sistemas políticos, sem reificar nenhum ideal de sociedade perfeitamente justa, livre ou igual, sem nenhum contrato ou posição original - mas que não ignora os valores, ou os bens e os aperfeiçoamentos que podem receber as instituições. Para sublinhar a sua originalidade basta talvez recordar que não ignora o panorama internacional - a nação moderna não está isolada - e que, não sendo ele mesmo um político, não ignorou o papel do estadista, que tende a estar ausente na teoria política actual.