Eu Canto e a Montanha Dança
de Irene Solà
Grátis
Sobre o livro
As altas montanhas dos Pirenéus catalães são uma terra de fronteira, assombrada pela memória dos séculos e das gerações passadas. A sua sabedoria escapa à compreensão humana e é eterna, ao contrário do amor, da guerra ou da dor. Uns dizem que essas montanhas são fonte de vida. Outros, que a cada dez anos morre alguém fulminado por um raio no meio dos penhascos. É essa a tragédia que se abate sobre Domènec de Matavaques, o camponês poeta. Pouco depois desse acontecimento, rodeiam o seu corpo inerte os fantasmas de quatro bruxas. Em casa, no sopé da montanha, Sió, agora jovem viúva, vê-se obrigada a cuidar sozinha de duas crianças e de um velho sogro…
Em Eu Canto e a Montanha Dança, um dos romances mais surpreendentes e de maior sucesso da literatura catalã contemporânea, Irene Solà faz nascer, para lá do tempo e da história, um mundo poético e mítico, de uma beleza tão selvagem quanto visceral; um mundo cantado a várias vozes, por vários protagonistas mulheres e homens, animais, espíritos ou nuvens que, além do drama humano, anunciam e celebram o imutável ciclo da vida.
Max Porter
El País
«Uma exibição literária avassaladora.»
La Vanguardia
«Um romance extraordinário… Há beleza em cada página, uma paixão desmedida pela escrita, pelas palavras, pelas paisagens narradas, pelas criaturas criadas.»
Time Out
«Uma homenagem polifónica à Catalunha.»
The Times Literary Supplement
«Parte da função do escritor é transportar o leitor para o desconhecido e o inimaginável. Em Eu Canto e a Montanha Dança, Irene Solà cumpre essa função com talento.»
Washington Independent Review of Books
Começo por dizer que foi um dos melhores livros que alguma vez li. Bem estruturado, com uma linguagem encantatória e fascinante. O facto de ser um romance polifónico confere-lhe a capacidade de cruzar vários estilos literários (conto, fábula, romance, poesia por exemplo) e várias perspectivas: o natural e o sobrenatural; os presentes e os ausentes; o humano e o animal; o passado e o presente e o que se advinha do futuro; a vida e a morte. Tudo tendo como pano de fundo uma natureza simultaneamente hostil e maravilhosa: As montanhas dos Pirineus e os seus sortilégios. Definitivamente um livro imperdível, que ganha ainda mais força se for relido.