Diretores Escolares em Ação
de Licínio C. Lima, Virgínio Sá e Leonor L. Torres
Sobre o livro
A investigação em torno da reintrodução, mais de três décadas depois da Revolução do 25 de Abril de 1974, de um órgão unipessoal de administração e gestão, com a
designação de Diretor, é ainda escassa e fragmentada. Decretada em 2008 pelo XVII Governo Constitucional, formado pelo Partido Socialista, a medida foi inicialmente
recebida com estranheza e com reações de oposição por parte de alguns partidos políticos e sindicatos, embora fosse já defendida desde a década de 1990 nos
programas eleitorais de partidos de direita e centro direita.
Transitou-se, de forma generalizada, e sem sobressaltos, da colegialidade para a unipessoalidade da gestão
escolar. Não sem a expressão de receios, nem à margem do reconhecimento de retrocessos no processo de democratização das escolas, mas desde cedo, e após os
primeiros processos de constituição dos novos órgãos, sob um discurso generalizado que ainda hoje insiste em afi rmar que, no essencial, "ficou quase tudo na mesma, só
mudou o nome". Mas é esse o caso ou a questão é mais complexa e exige investigação?