Sobre o livro
Recordações de momentos de vida do escritor, crítico literário e ensaísta guardense, João Bigotte Chorão, que, no seguimento da sua anterior edição diarística, de novo nos vem apresentar uma vasta coleção de escritos íntimos que foi traçando de 2000 a 2015.
Em pouco mais de trezentas páginas, o autor leva-nos à descoberta do seu universo cultural e a tudo aquilo que o entusiasma, comove, e até ao que muito o mortifica.
Folheando, de modo aleatório, este livro deparamos com a evocação de grandes escritores com quem partilha afinidades e incorpora influências, percursos geográficos que lhe são familiares e aos quais volta amiúde «... Olho a serra ao entardecer e algum do meu tumulto interior se pacifica...» e tantas outras reflexões tecidas da primeira à última página. Escrita intimista, como o é toda a escrita diarística, João Bigotte Chorão, apresenta-nos um arquivo de memórias que por sua vontade resistem ao esquecimento.
Diz-nos o autor, referindo-se à sua anterior publicação Diário Quase Completo, mas que bem ilustra a presente edição «Escrevi e publiquei o meu testemunho. Espera-o o silêncio? Não importa: vivi o meu oficio de homem, pus por escrito o que pensei e senti, em liberdade interior.»