Crónicas do Mal de Amor
de Elena Ferrante
Sobre o livro
«Ferrante disse que gosta de escrever histórias "em que a escrita é clara, honesta, e em que os factos — os factos da vida normal — prendem extraordinariamente o leitor". Com efeito, a sua prosa possui uma clareza despojada, e é muitas vezes aforística e contida (…). Mas o que os seus primeiros romances têm de electrizante é que, ao acompanhar complacentemente as situações desesperadas das suas personagens, a própria escrita de Ferrante não conhece limites, está ansiosa por levar cada pensamento para diante, até à sua mais radical conclusão, e para trás, até à sua mais radical origem. Isto é sobretudo óbvio na forma destemida como os seus narradores femininos pensam sobre filhos e sobre maternidade.»
Do Prefácio de James Wood
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Ensaios sobre a ausência
As mulheres dos três primeiros livros de Elena Ferrante, reunidos em Crónicas do Mal de Amor, vivem num constante estado de tensão. São personagens perturbadas, estigmatizadas, antes de mais, pela ausência do outro. A esta ausência respondem com conjecturas acerca da vida dos ausentes, imaginam-se a viver no corpo de outrem, colocam-se nesse estado de stress entre o que são na realidade e o que ambicionariam ser, perspectivando-se na frustrante interpretação que fazem de si próprias a partir do que sabem da vida dos outros.
Para os fãs de Elena Ferrante é sem duvida um livro a ler. Com a sua perspicácia e dureza de escrita deixa o leitor perplexo e ao mesmo tempo preso à sua narrativa. É um livro que deixa marcas pela sua franqueza e honestidade.
Um livro com uma escrita rude, crua e cruel que pode fazer com que algumas pessoas não consigam ler com tanta facilidade. Para mim foi soberbo! Uma obra mais do que recomendada!!!