Carry On

Para todos os fãs de "Fangirl" que viram Cath a escrever as aventuras de Simon e Baz. Para todos os fãs de "Harry Potter" que gostam de adaptações e ler as fanfictions que os fãs imaginam.

"Carry On" foi o meu primeiro contacto com a obra de Rainbow Rowell e no fim fiquei com a certeza que quero ler mais. Literatura juvenil não é, necessariamente, infantil e ajuda-nos sempre a descomprimir. "Carry On" conta-nos a história de Simon Snow, o feiticeiro destinado a proteger o mundo dos mágicos das forças das trevas. Uma história que, de início, nos lembra muito Harry Potter - tanto na trama como na construção das personagens. Ao longo do livro Rowell consegue distinguir bem os dois mundos e envolver-nos nas aventuras que se passam em Watford. Talvez por o ter lido antes de Fangirl - onde Simon é uma personagem presente - senti que vivi muito mais a história.

I livro eu sei que é ótimo porque tenho a versão UK. Mas essa capa? Por favor não... Onde está o undercut do Simon e os caracóis? Onde está o cabelo liso, pelos ombros do Baz? Uma capa de livro é super importante porque é o que primeiramente vai prender a atenção do leitor e essa está feia demais... Na próxima edição, usem a arte original de Kevin Wada, por exemplo.

Esta história foi criada por Cath, personagem principal de “Fangirl”, pelo que, e ainda que não seja obrigatório, recomendo lerem esse livro primeiro para entenderem o contexto em que “Carry On” foi criado. Com uma grande influência de Harry Potter, mantém a doçura e inocência típica de Rainbow Rowell ao mesmo tempo que combina a magia de Hogwarts com que todos sonhávamos em criança. Ainda que não o tenha achado brilhante, acaba por ser um livro recriado a partir da mente de uma adolescente, pelo que mantém essa infantilidade e simplicidade, afastando-se de uma escrita mais profissional e profunda.