Poeta, escritor, ensaísta e crítico, Eduardo Pitta nasceu em 1949. Desde 1974 publicou dez livros de poesia, um romance, uma trilogia de contos, quatro volumes de ensaio e crítica, duas coletâneas de crónicas, dois diários de viagem e o livro de memórias Um Rapaz a Arder (2013). O volume da sua poesia escolhida, Desobediência (2011), foi publicado pela Dom Quixote. Fractura (2003), sobre a homossexualidade na literatura portuguesa contemporânea, é considerado por Mark Sabine «the first history of Portuguese literary homosexuality». Em 2008, adaptou para crianças O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queiroz. Dirige a edição das obras completas de António Botto. Poemas seus encontram-se traduzidos em inglês, castelhano, italiano, francês e hebraico. Tem poemas, contos e ensaios dispersos por revistas literárias de Portugal, Reino Unido, Brasil, Colômbia, Espanha, França e Estados Unidos. Participou em congressos, seminários e festivais de poesia em Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Colômbia. Mantém desde 2005 o blogue Da Literatura.(...)
Alguns textos sobre “autores menos novos” revelam-se assaz atraentes, quer pela informação biográfica que proporcionam, quer pelo enquadramento que sugerem da obra. Sublinho, entre outros, o texto de uma conferência sobre António Botto e as prosas dedicadas a Camilo Pessanha e Judith Teixeira, mas também os dois textos onde Eugénio de Andrade aparece evocado, sobretudo por neles entrevermos comentários mais desinibidos que as leituras apologéticas geralmente dedicadas ao autor de "As Mãos e os Frutos". Os textos sobre Rui Knopfli, Luís Miguel Nava e João Miguel Fernandes Jorge cabem no que de melhor tem esta recolha, sendo igualmente de registar algumas leituras onde podemos descobrir enumerações, correcções, lembretes que permitem montar o olhar do crítico sobre a actualidade literária.