Adriana Mater
de Amin Maalouf
Sobre o livro
Num país em guerra, Adriana, uma jovem apaixonada, fica grávida depois de ser violada. A irmã procura convencê-la a não ficar com a criança. Adriana responde: «O filho é meu, não é do violador. Ele será parecido comigo!»
Mas ela não tem a certeza de nada. Durante anos, perguntar-se-á com angústia se Yonas, que tem o sangue da vítima e o sangue do carrasco, será Caim ou Abel.
Ao tornar-se adulto, o rapaz promete matar o seu progenitor. A mãe ficará a vê-lo partir sem tentar dissuadi-lo. Só no seu regresso ela lhe dirá: «Esse homem merecia morrer, mas tu, meu filho, não merecias matá-lo.»
Um texto magnífico.
Amin Maalouf é autor de importante obra romanesca. Adriana Mater é o seu segundo libreto de ópera, depois de O Amor de Longe.
A ópera Adriana Mater/i> foi composta, a partir deste libreto, por Kaija Saariaho, para uma criação estreada na Bastilha em 30 de Março de 2006, com encenação de Peter Sellars e direcção musical de Esa-Pekka Salonen: com Patricia Bardon (Adriana), Solveig Kringelborn (Refka), Stephen Milling (Tsargo) e Gordon Geitz (Yonas); cenário de George Tsypin, figurinos de Martin Pakledinaz e luzes de James F. Ingalls; orquestra e coro da Ópera Nacional de Paris.