A Viúva Grávida
de Martin Amis
Grátis
Sobre o livro
Estamos no Verão 1970 - um Verão longo e quente. Num castelo em Itália, meia dúzia de jovens flutuam sobre um mar de mudança, levados na corrente da revolução sexual. As raparigas comportam-se como rapazes e os rapazes continuam a portar-se como rapazes. E Keith Nearing - um estudante de literatura com vinte anos, às voltas com o romance inglês - luta para que o feminismo e o novo poder das mulheres reverta a seu favor.
A revolução sexual pode ter sido uma revolução de veludo, mas não aconteceu sem derramamento de sangue...
A Viúva Grávida é uma comédia de costumes, um pesadelo. Um livro brilhante, assombroso e gloriosamente arriscado. É Martin Amis no auge da sua audácia.
Independent on Sunday
«Possivelmente o autor da nossa era com mais engagement.»
The Times
«Amis é de primeiríssima água: na argumentação, na inventividade, na demosntração, na paródia; e consegue chocar e divertir de uma cajadada.»
Observer
"Detesto ouvir isso", disse Keith.
"Eu detesto dizê-lo."
Silvia cursara Sexo (no sentido de Género) na Universidade de Bristol. E era agora uma daquelas «crianças» jornalistas que, aos vinte e três anos, já escrevia uma muito discutida coluna semanal num dos grandes jornais. Leith conhecera-a quando ela tinha catorze - em 1994, quando ele vendera o seu grande duplex em Notting Hill e se mudara para a casa por cima do Health. Silvia tinha herdado a aparência da sua mãe, mas nenhuma da insana alegria desta; era um daqueles espíritos tórpidos que causavam riso a toda a gente menos a si mesma.
"Portanto, contrariamente ao teu melhor juízo", disse ela torpidamente, "dás por ti a passar a noite com um jovem. E são todos iguais. Não interessa quem. Um replicante com fato de quem trabalha na City. Um mal-cheiroso qualquer com uma camisola do Arsenal. E, na manhã seguinte, por hábito, tu dizes-lhe, sabes como é, quando puderes telefona-me. E ele fica a olhar para ti. Como se fosses uma leprosa que o tivesse acabado de pedir em casamento. Porque telefona-me é chantagem emocional, compreendes. E o compromisso não é permitido. Os rapazes ganharam. Outra vez."»