A Valsa Imoral
de Eduardo Brito Aranha
Sobre o livro
Um publicitário encontra ocasionalmente uma jornalista de turismo,
estrangeira e dezasseis anos mais nova que ele. A atracção de um
pelo outro rapidamente evolui, porém, torna-se perigosa, porque
entre ambos se põe a dúvida de serem pai e filha, por ela poder ser
fruto de uma antiga e esporádica relação dele num Verão. Encetam
inopinadamente um périplo por Portugal, apesar de permanecer a
dúvida do parentesco entre eles. Um rememorar do passado alimenta
a conversa do dia-a-dia. Inúmeras situações grotescas e ridículas das
décadas de 60 e 70 do Portugal do antigo regime são contadas em estilo
jocoso e mordaz. Um inesperado fim surpreende os dois personagens...
E o leitor.
Com o teu espírito culto, vivo e palpitante, trocadilhos na ponta da língua, sorriso nos lábios e lampejos no olhar, vais colorindo as descrições, caracterizando a desobediência e a transgressão face às normas sociais dominantes, num privilégio narrativo à visão feminina do mundo. (…)
Excerto do Prefácio de José Manuel Gil