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Sobre o livro
«Desmaiei (de cansaço) três vezes no mesmo mês...
Durante vários anos, trabalhei como um louco, mas admito que nem por isso via a minha vida a melhorar. A minha saúde deteriorava-se ano após ano e cada vez sentia menos vontade de sair da cama de manhã.
Naquela noite, quando cheguei a casa, a minha namorada olhou para mim e disse:
- Sentes-te bem? Estás tão pálido!
Não tive tempo, nem forças para lhe responder… desmaiei na varanda da cozinha.
As horas de trabalho infindáveis, a alimentação descuidada, as noites mal dormidas e todo o stress associado às dívidas que tinha contraído no âmbito daquele negócio que estava a afundar, começaram a causar danos, contrariando a crença que sempre tive de que eu era um ser humano com capacidades de resistência e de resiliência invejáveis.
Nesse mês desmaiei de cansaço mais duas vezes.
A terceira vez foi horrível. Levantei-me, a meio da noite, sem sono e com grande indisposição. Dirigi-me ao WC porque fiquei com a sensação que ia vomitar. Não me lembro de mais nada até ao momento em que acordei no chão. Ninguém acordou… e eu também não tive coragem de acordar ninguém.
De manhã, contei à minha namorada o que se tinha passado naquela noite e ela, depois de recuperar do choque, disse:
- O teu corpo está a avisar-te que vem aí algo muito pior. Tens de parar… não podes estar sempre a trabalhar… tu vais matar-te com tanto stress e cansaço acumulados!
- Não posso! Se parar, os negócios também param. Está tudo dependente de mim, não percebes? Necessitamos de dinheiro para viver e para pagar as dívidas daquela m**** de negócio em que estamos metidos… - insisti, referindo-me aos caos em que se encontrava a segunda empresa que tinha criado em meados de 2010.
- Pois… mas se te acontecer algo grave também vai parar tudo, certo? Não podes continuar assim, estás a destruir a tua vida, a nossa relação e tudo aquilo que construíste ao longo dos anos. - referiu.
Ela tinha razão. Algo muito mau estava prestes a acontecer!»
Um livro que no início dá um aperto no coração. Quase que conseguimos sentir a dor e a frustração do autor. Mais uma vez um ato de coragem em mostrar a sua jornada e os seus erros, para que mais nenhuma outra pessoa passe pelo mesmo. Uma leitura viciante onde o autor consegue dar a volta por cima e tornar-se ainda mais forte. Impressionante.