Sobre o livro
Uma combinação fascinante de beleza e horror.
Ela era absolutamente normal. Não era bonita, mas também não era feia. Fazia as coisas sem entusiasmo de maior, mas também nunca reclamava. Deixava o marido viver a sua vida sem sobressaltos, como ele sempre gostara. Até ao dia em que teve um sonho terrível e decidiu tornar-se vegetariana. E esse seu ato de renúncia à carne - que, a princípio, ninguém aceitou ou compreendeu - acabou por desencadear reações extremadas da parte da sua família. Tão extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos seus membros - o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela própria, que acabou internada numa instituição para doentes mentais. A violência do sonho aliada à violência do real só tornou as coisas piores; e então, além de querer ser vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser humano.
Este é um livro admirável sobre sexo e violência - erótico, comovente, incrivelmente corajoso e provocador, original e poético. Segundo Ian McEwan, «um livro sobre loucura e sexo, que merece todo o sucesso que alcançou».
Na Coreia do Sul, depois do anúncio do Man Booker International Prize, A Vegetariana vendeu mais de 600 000 exemplares. Aplaudido em todos os países onde está traduzido, é um best-seller internacional.
Neste bestseller internacional, a agora premiada com o prémio Nobel, Han Kang, conta-nos a história de uma mulher como tantas outras, com uma vida banal. Depois de ter um sonho, decide tornar-se vegetariana. O que começa com uma simples decisão alimentar,dará lugar a uma torrente de acontecimentos, que nos conduzirá a um final apoteótico. Irrepreensível.
Han Kang deixou-me intrigado com este romance que tanto sucesso teve. Sinto que a promessa que é feita ao leitor no início perde-se depois no desenrolar da história - não deixando no entanto de ter bonitas e tenebrosas passagens sobre o desespero humano. O problema da personagem principal apresenta-se inicialmente como real e próximo do leitor. Contudo, a autora deixa-se afundar pelo enredo, pelo que os comportamentos das personagens deixam-nos de parecer verosímeis. Apesar de tudo, continua a ser uma leitura interessante e estimulante, revelando certos medos e temores do ser humano e da sociedade em que estamos inseridos. Uma autora para descobrir e continuar a seguir!
Uma história diferente, intensa, perturbadora. Que nos choca e nos prende em simultâneo. A história de uma mulher que se tornou vegetariana após um sonho e todas as consequências que isso trouxe na sua vida e na dos que a rodeiam.
Trata-se de um livro que retrata um sonho e os eventos sanguinolentos que daí decorrem. É estranho chegar-se à realização de que os sonhos tanto influenciam a nossa vida, mas é exactamente isso que acontece à nossa protagonista. Após um vermelho e significativo sonho esta mulher coreana deixa completamente de ingerir carne. A partir de então, tudo lhe acontece.
Esta história passa-se na Coreia no Sul, onde uma senhora começa a ter pesadelos que a levam a extremos, uma família com os seus segredos, o que pode correr bem? Nada.
Li este primeiro livro de Han Kang após o segundo. São dois livros muito diferentes, mas igualmente muito fortes na temática abordada. Neste caso, temos uma visão muito perturbadora de algo que é, aparentemente, simples - o ser vegetariano. Mesmo sendo, na minha opinião, o livro da autora mais acessível, deixa-nos uma perspectiva surreal não só da sociedade sul-coreana, como também das relações (ou falta delas) entre familiares, arte e loucura.