Thomas E. Ricks
Biografia
Thomas Edwin Ricks (1955), jornalista norte-americano, é especialista em assuntos militares e um grande crítico das políticas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, particularmente em matéria de conflitos armados no resto do mundo.
Passou parte da adolescência em Cabul, no Afeganistão, e licenciou-se na Universidade Yale, em 1977.
Durante 17 anos trabalhou como repórter do Wall Street Journal e em 2000 alterou o seu percurso para o Washington Post.
Integrou a equipa do Wall Street Journal que ganhou, nesse mesmo ano, o Prémio Pulitzer de reportagem nacional por uma série de artigos sobre as mudanças necessárias ao setor militar dos EUA tendo em vista as demandas do século XXI.
Fez igualmente parte da equipa do Washington Post que ganhou o Pulitzer de 2002 com um trabalho acerca do início da contraofensiva ao terrorismo.
É autor de livros como Making the Corps (1997); Fiasco: The American Military Adventure In Iraq (2006); The Gamble: General David Petraeus and the American Military Adventure in Iraq, 2006-2008 (2009); e The Generals: American Military Command from World War II to Today (2012).
Publicou o romance A Soldier's Duty, em 2001.
Ricks é membro do Center for a New American Security e colaborador da revista Foreign Policy.
Passou parte da adolescência em Cabul, no Afeganistão, e licenciou-se na Universidade Yale, em 1977.
Durante 17 anos trabalhou como repórter do Wall Street Journal e em 2000 alterou o seu percurso para o Washington Post.
Integrou a equipa do Wall Street Journal que ganhou, nesse mesmo ano, o Prémio Pulitzer de reportagem nacional por uma série de artigos sobre as mudanças necessárias ao setor militar dos EUA tendo em vista as demandas do século XXI.
Fez igualmente parte da equipa do Washington Post que ganhou o Pulitzer de 2002 com um trabalho acerca do início da contraofensiva ao terrorismo.
É autor de livros como Making the Corps (1997); Fiasco: The American Military Adventure In Iraq (2006); The Gamble: General David Petraeus and the American Military Adventure in Iraq, 2006-2008 (2009); e The Generals: American Military Command from World War II to Today (2012).
Publicou o romance A Soldier's Duty, em 2001.
Ricks é membro do Center for a New American Security e colaborador da revista Foreign Policy.
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Churchill e Orwell
Winston Churchill e George Orwell foram homens muito diferentes, mas foram também, nas expressões do historiador Simon Schama, aliados muitíssimo improváveis e arquitetos do seu tempo.
Churchill, filho de aristocratas e membro do gabinete do governo no reinado da rainha Vitória, estava politicamente alinhado com uma direita conservadora, imperialista e profundamente defensora do colonialismo britânico. Orwell, por outro lado, era um militante de esquerda, oriundo da baixa classe média e grande anti-imperialista.
As preocupações de ambos estão na origem daquilo que foi o seu trabalho e a sua produção escrita, são inquietações prementes e revelam tantos pontos de contacto e afinidades intelectuais que Thomas Ricks, escritor e jornalista, não conseguiu ler a obra de Orwell sem pensar constantemente em Winston, não a personagem do romance distópico 1984, mas sim outro Winston, Winston Churchill.
Ambos reconheceram, como Thomas Ricks demonstra neste ensaio, que a grande questão do século XX não era quem controlava os meios de produção, como Marx julgara. Nem como funcionava a psique humana, como Freud defendera, mas sim como preservar a liberdade do indivíduo num tempo em que o Estado interferia cada vez mais na esfera da vida privada.
Em última instância, e como grandes combatentes dos totalitarismos, de que modo podemos pensar a liberdade e de que vocabulário precisamos para discutir com os governos que não ouvem os cidadãos?
Churchill, filho de aristocratas e membro do gabinete do governo no reinado da rainha Vitória, estava politicamente alinhado com uma direita conservadora, imperialista e profundamente defensora do colonialismo britânico. Orwell, por outro lado, era um militante de esquerda, oriundo da baixa classe média e grande anti-imperialista.
As preocupações de ambos estão na origem daquilo que foi o seu trabalho e a sua produção escrita, são inquietações prementes e revelam tantos pontos de contacto e afinidades intelectuais que Thomas Ricks, escritor e jornalista, não conseguiu ler a obra de Orwell sem pensar constantemente em Winston, não a personagem do romance distópico 1984, mas sim outro Winston, Winston Churchill.
Ambos reconheceram, como Thomas Ricks demonstra neste ensaio, que a grande questão do século XX não era quem controlava os meios de produção, como Marx julgara. Nem como funcionava a psique humana, como Freud defendera, mas sim como preservar a liberdade do indivíduo num tempo em que o Estado interferia cada vez mais na esfera da vida privada.
Em última instância, e como grandes combatentes dos totalitarismos, de que modo podemos pensar a liberdade e de que vocabulário precisamos para discutir com os governos que não ouvem os cidadãos?