Rui Jorge Garcia Ramos
Biografia
Rui Jorge Garcia Ramos (Alvarães, Viana do Castelo, 1961) é arquiteto e Professor Associado com Agregação da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) onde leciona as unidades curriculares de Projeto, no Mestrado Integrado (MIARQ), e de Teoria, no Programa de Doutoramento (PDA). Doutorado em Arquitetura (FAUP, 2005). Investigador do grupo Atlas da Casa no Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (CEAU-FCT) onde coordena diversos projetos.
Tem como principiais áreas de estudo os dispositivos espaciais da casa; a relação entre sistemas culturais e formas de habitar; a questão identitária e arquitetura na passagem para o século XX português, sobre os quais tem diversos trabalhos publicados.
É membro do Conselho de Administração da Fundação Arquiteto Marques da Silva (FIMS), integra o Conselho Científico e é Director do Programa de Doutoramento em Arquitectura (PDA) da FAUP.
Tem como principiais áreas de estudo os dispositivos espaciais da casa; a relação entre sistemas culturais e formas de habitar; a questão identitária e arquitetura na passagem para o século XX português, sobre os quais tem diversos trabalhos publicados.
É membro do Conselho de Administração da Fundação Arquiteto Marques da Silva (FIMS), integra o Conselho Científico e é Director do Programa de Doutoramento em Arquitectura (PDA) da FAUP.
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Modernidade Inquieta
A questão da identidade e, especificamente, da identidade nacional pode assim constituir-se como hipótese pertinente para uma interpretação da arquitectura deste período. Ou seja, permite aprofundar a convicção de que existe um elo, a que se chama questão identitária, entre obras, arquitectos e tempos diversos. Não se tratando de um assunto exclusivo da arquitectura, a questão identitária é parte de «um dinamismo essencial» que define a sociedade e a sua vida cultural e com ela o processo da arquitectura portuguesa, como já referiu José-Augusto França, «num sistema de forças que explodem ou se equilibram,se estruturam, destruturam e reestruturam». A identidade pode assim ser vista como problema subjacente, base implícita ou explícita da produção arquitectónica até ao fim dos anos de 1960, que tem no tema da habitação um campo dilecto de exploração.
O levantamento desta realidade histórica, e a sua verificação no estudo das obras arquitectónicas, permite uma reformulação da questão da identidade nacional como strutura ética e moral onde se produz a arquitectura, numa conflitualidade de origem diversa, sinal de continuidade ecléctica — independente da origem no Picturesque, nas Beaux-Arts, no Movimento Moderno ou na sua crítica — e da tradição do seu pragmatismo construtivo.
O levantamento desta realidade histórica, e a sua verificação no estudo das obras arquitectónicas, permite uma reformulação da questão da identidade nacional como strutura ética e moral onde se produz a arquitectura, numa conflitualidade de origem diversa, sinal de continuidade ecléctica — independente da origem no Picturesque, nas Beaux-Arts, no Movimento Moderno ou na sua crítica — e da tradição do seu pragmatismo construtivo.