Raul Pompeia
Biografia
Raul Pompeia nasceu a 12 de abril de 1863, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Aos 11 anos de idade, o autor ingressou num internato, no Colégio Abílio, no Rio de Janeiro. Mais tarde, estudou Direito no Largo de São Francisco na Faculdade de Direito de São Paulo. Durante os seus anos de Faculdade de Direito, o autor tornou-se abolicionista e republicano. Optou por não exercer a advocacia após a sua licenciatura. Posteriormente, iniciou uma carreira no jornalismo, além de ser professor na Escola de Belas Artes e diretor da Biblioteca Nacional. Foi quando se tornou apoiante do governante autoritário Floriano Peixoto, que colidiu com alguns dos principais intelectuais do país. Atuou em movimentos favoráveis à abolição da escravatura e também pelo fim da monarquia e implantação da República. Porém, em função das suas posições polémicas e, muitas vezes inflexíveis, sofreu perseguições políticas, que acabaram por provocar a sua reprovação na faculdade. A 25 de dezembro de 1895, no Rio de Janeiro, o autor suicidou-se aos trinta e dois anos. É hoje considerado um dos principais representantes do Realismo e do Naturalismo e um dos grandes escritores do século XIX, na literatura brasileira.
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O Ateneu
O Ateneu, impresso de janeiro a março de 1888 em folhetins da Gazeta de Notícias, pouco ou nada preserva das marcas mais ostensivas desse suporte, pois o interesse do livro não recai na trama, mas nas memórias e reflexões do narrador-personagem Sérgio sobre os dois anos de internato no colégio homônimo ao romance. Embora organizada cronologicamente, a obra não possui eixo narrativo central: registra, de maneira algo esparsa, episódios, pensamentos e intuições do protagonista, apresentando-se como "crônica de saudades", não como romance, já que o foco se desloca do entrecho para o enunciador, suscetível aos efeitos do tempo.
O Cortiço
Escrito num período de profundas transformações na paisagem urbana do Rio de Janeiro, captadas com o registo cru do naturalismo, que rejeitava qualquer forma de idealização do real, O Cortiço é o romance mais exemplar da estética realista-naturalista. Nele pode-se perceber com clareza a visão que os naturalistas tinham das reações sociais no desejo de enriquecimento que toma João Romão, a personagem principal. Um livro imprescindível em qualquer biblioteca clássica brasileira.
O Ateneu, impresso de janeiro a março de 1888 em folhetins da Gazeta de Notícias, pouco ou nada preserva das marcas mais ostensivas desse suporte, pois o interesse do livro não recai na trama, mas nas memórias e reflexões do narrador-personagem Sérgio sobre os dois anos de internato no colégio homônimo ao romance. Embora organizada cronologicamente, a obra não possui eixo narrativo central: registra, de maneira algo esparsa, episódios, pensamentos e intuições do protagonista, apresentando-se como "crônica de saudades", não como romance, já que o foco se desloca do entrecho para o enunciador, suscetível aos efeitos do tempo.
O Cortiço
Escrito num período de profundas transformações na paisagem urbana do Rio de Janeiro, captadas com o registo cru do naturalismo, que rejeitava qualquer forma de idealização do real, O Cortiço é o romance mais exemplar da estética realista-naturalista. Nele pode-se perceber com clareza a visão que os naturalistas tinham das reações sociais no desejo de enriquecimento que toma João Romão, a personagem principal. Um livro imprescindível em qualquer biblioteca clássica brasileira.