Paulo Scott
Biografia
Paulo Scott nasceu em Porto Alegre em 1966. Escritor e professor universitário, publicou dez livros no Brasil: quatro romances, um livro de contos (Ainda Orangotangos, adaptado para cinema por Gustavo Spolidoro) e cinco de poesia. Em Portugal, publicou o seu segundo romance, Habitante Irreal (Tinta-da-china, 2014). Recebeu os prémios Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional, APCA, Açorianos de Literatura, entre outros, e foi finalista de prémios como Jabuti, Prémio São Paulo de Literatura e Prémio Literário Casa da América Latina. Vive atualmente em Garopaba, Santa Catarina.
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Se o Mundo é Redondo e Outros Poemas
Nesta inédita reunião, Se o Mundo é Redondo e Outros Poemas, Scott traz toda a sua originalidade, com o registo imagético da realidade circundante e o cruzamento de vozes e dicções diversas.
A voz única deste poeta, já consagrado pela multiplicidade de premiações que alcançou desde que iniciou o seu percurso literário em 2001, traz ritmos elípticos, planos de perceção, espaços urbanos onde a poesia mostra os dramas cotidianos de vidas ordinárias.
Como bem apreciado pelo prefaciador, o escritor e crítico de poesia António Carlos Cortez, a arte poética de Scott está em, justamente, registar tudo aquilo que, para poetas eloquentes, não teria suficiente importância. Trata ele da solidão que reside na banalidade, esta que não é mostrada nos inventários pessoais de vitórias.
De certa forma, em seus poemas há a evocação, em uma voz única e inteiramente diversa, do sentimento do Poema em linha reta pessoano: a sensação do não-lugar, do convívio intenso e cruel com o real, matéria que não é sujeita às biografias e, portanto, inservível àquele mundo redondo e perfeito, de gente que não leva porrada, bem diverso de um outro mundo, ridículo, absurdo, grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, que é o da poesia.
A voz única deste poeta, já consagrado pela multiplicidade de premiações que alcançou desde que iniciou o seu percurso literário em 2001, traz ritmos elípticos, planos de perceção, espaços urbanos onde a poesia mostra os dramas cotidianos de vidas ordinárias.
Como bem apreciado pelo prefaciador, o escritor e crítico de poesia António Carlos Cortez, a arte poética de Scott está em, justamente, registar tudo aquilo que, para poetas eloquentes, não teria suficiente importância. Trata ele da solidão que reside na banalidade, esta que não é mostrada nos inventários pessoais de vitórias.
De certa forma, em seus poemas há a evocação, em uma voz única e inteiramente diversa, do sentimento do Poema em linha reta pessoano: a sensação do não-lugar, do convívio intenso e cruel com o real, matéria que não é sujeita às biografias e, portanto, inservível àquele mundo redondo e perfeito, de gente que não leva porrada, bem diverso de um outro mundo, ridículo, absurdo, grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, que é o da poesia.