Maria Filomena Molder
Biografia
Professora Catedrática, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL). Doutorou-se em 1992 com a tese O Pensamento Morfológico de Goethe (INCM, Lisboa, 1995). É membro do Instituto de Filosofia da Linguagem (IFILNOVA) e do Groupe International de Recherches sur Nietzsche (GIRN). Foi membro do Conselho Científico do Collège International de Philosophie, Paris (2003-2009).
Escreve sobre problemas de estética, enquanto problemas de conhecimento e de linguagem, para revistas de filosofia e de literatura, entre outras, Filosofia e Epistemologia, Prelo, Análise, Revista Ler, Sub-Rosa, A Phala, Internationale Zeitschrift fu¨r Philosophie, Philosophica, Belém, Dedalus, Intervalo, Rue Descartes, Chroniques de Philosophie, La Part de l’Oeil, Cadernos Nietzsche, Lettre International, Diaphanes.
Tem igualmente escrito para catálogos e outras publicações sobre arte e artistas, portugueses e estrangeiros, entre os quais, Jorge Martins, Ruy Leitão, Rui Chafes, Helena Almeida, Ana Vieira, Luísa Correia Pereira, Julião Sarmento, Rui Sanches, António Sena, José Pedro Croft, Bernard Plossu, Juan Muñoz, Noronha da Costa, Antony Gormley, Louise Bourgeois, Francisco Tropa, Amadeo de Souza-Cardoso, Alberto Giacometti, Alexandre Conefrey. Coautora e locutora do programa de rádio «Ruas de sentido único» (Antena 2, maio-julho 2019), atividade do projeto «Fragmentação e Reconfiguração: a experiência da cidade, entre arte e filosofia», apoiado pela FCT (2018-2021), do qual é coordenadora.
Principais publicações: Semear na Neve. Estudos sobre Walter Benjamin (Relógio D’Água, Lisboa, 1999 — Prémio PEN Clube 2000 para Ensaio), A Imperfeição da Filosofia (Relógio D’Água, Lisboa, 2003), O Absoluto Que Pertence à Terra (Edições Vendaval, 2005), Símbolo, Analogia e Afinidade (Edições Vendaval, 2009), O Químico e o Alquimista. Benjamin, Leitor de Baudelaire (Relógio D’Água, 2011 — Prémio PEN Clube 2012 para Ensaio), As Nuvens e o Vaso Sagrado (Relógio D’Água, 2014), Rebuçados Venezianos (Relógio D’Água, 2016 — Prémio AICA/FCC 2017), Depósitos de Pó e Folha de Ouro (Lumme Editora, São Paulo, 2016), Cerimónias (Chão da Feira, Belo Horizonte, 2017), Dia Alegre, Dia Pensante, Dias Fatais (Relógio D’Água, 2017— Prémio PEN Clube 2018 para Ensaio).
Escreve sobre problemas de estética, enquanto problemas de conhecimento e de linguagem, para revistas de filosofia e de literatura, entre outras, Filosofia e Epistemologia, Prelo, Análise, Revista Ler, Sub-Rosa, A Phala, Internationale Zeitschrift fu¨r Philosophie, Philosophica, Belém, Dedalus, Intervalo, Rue Descartes, Chroniques de Philosophie, La Part de l’Oeil, Cadernos Nietzsche, Lettre International, Diaphanes.
Tem igualmente escrito para catálogos e outras publicações sobre arte e artistas, portugueses e estrangeiros, entre os quais, Jorge Martins, Ruy Leitão, Rui Chafes, Helena Almeida, Ana Vieira, Luísa Correia Pereira, Julião Sarmento, Rui Sanches, António Sena, José Pedro Croft, Bernard Plossu, Juan Muñoz, Noronha da Costa, Antony Gormley, Louise Bourgeois, Francisco Tropa, Amadeo de Souza-Cardoso, Alberto Giacometti, Alexandre Conefrey. Coautora e locutora do programa de rádio «Ruas de sentido único» (Antena 2, maio-julho 2019), atividade do projeto «Fragmentação e Reconfiguração: a experiência da cidade, entre arte e filosofia», apoiado pela FCT (2018-2021), do qual é coordenadora.
Principais publicações: Semear na Neve. Estudos sobre Walter Benjamin (Relógio D’Água, Lisboa, 1999 — Prémio PEN Clube 2000 para Ensaio), A Imperfeição da Filosofia (Relógio D’Água, Lisboa, 2003), O Absoluto Que Pertence à Terra (Edições Vendaval, 2005), Símbolo, Analogia e Afinidade (Edições Vendaval, 2009), O Químico e o Alquimista. Benjamin, Leitor de Baudelaire (Relógio D’Água, 2011 — Prémio PEN Clube 2012 para Ensaio), As Nuvens e o Vaso Sagrado (Relógio D’Água, 2014), Rebuçados Venezianos (Relógio D’Água, 2016 — Prémio AICA/FCC 2017), Depósitos de Pó e Folha de Ouro (Lumme Editora, São Paulo, 2016), Cerimónias (Chão da Feira, Belo Horizonte, 2017), Dia Alegre, Dia Pensante, Dias Fatais (Relógio D’Água, 2017— Prémio PEN Clube 2018 para Ensaio).
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Palavras Aladas
Cristina Robalo: Conversas em torno do desenho nasceu do desejo de compreender, nas mais variadas traduções e desmultiplicações, o Desenho. Ao dar voz a artistas e teóricos/pensadores — seguindo e traçando o caminho realizado por cada convidado a participar —, este projecto tem como objectivo criar uma colecção que revele não a representação do desenho como obra, projecto ou estudo, mas o Desenho da obra e de si.
De onde vêm as imagens?
Vêm dos nossos olhos, dos nossos ouvidos, da nossa boca, das nossas mãos, do nosso nariz, dos sentidos em acção, não os sentidos descritos anatomicamente, vêm dos aromas, o tal vento de Eduardo Chillida, o espaço e o tempo: «Não é o vento um espaço de tempo e aromas?».
Quais são as imagens do cheiro?
O cheiro é um sistema de convocatórias. Nós não temos imagens diferidas, representáveis, do cheiro. Isso é muito importante! Como é que nós transmitimos o aroma do vento? Sentindo o vento e aquilo que o vento arrasta. E o tempo tem a ver com isso. Portanto, quando se fala do aroma do vento, para quem quer compreender a imagem, tem de evocar e, no melhor dos casos, voltar a sentir essa experiência. Por outro lado, o aroma vem das mãos, de todos os ofícios, da relação amorosa e da guerra, mas a caça não é um ofício!
O que é a caça?
Como diz Benjamin, a caça é uma imagem da vida (a primeira, em rigor), com particular potência para a compreensão da relação entre vestígio e aura. Ouça-se a maravilhosa cantata de Béla Bartók (Cantata Profana. Os Veados Mágicos, obra para orquestra, duplo coro misto, tenor e barítono, de 1930). Em Semear na Neve (Relógio D’Água, 1999), no capítulo Aura e vestígio, faço uma análise dessa Cantata e estabeleço um vínculo com os conceitos benjaminianos. É uma história sobre nove irmãos a quem o pai não tinha ensinado nenhum ofício. Eles só sabiam caçar e um dia sofrem uma metamorfose irreversível, transformando-se em nove veados mágicos. Mais tarde, quando os homens começam a trabalhar a terra e a tecer ou a moldar um vaso, a vida passa a ser vista através desses actos oficinais.
Vêm dos nossos olhos, dos nossos ouvidos, da nossa boca, das nossas mãos, do nosso nariz, dos sentidos em acção, não os sentidos descritos anatomicamente, vêm dos aromas, o tal vento de Eduardo Chillida, o espaço e o tempo: «Não é o vento um espaço de tempo e aromas?».
Quais são as imagens do cheiro?
O cheiro é um sistema de convocatórias. Nós não temos imagens diferidas, representáveis, do cheiro. Isso é muito importante! Como é que nós transmitimos o aroma do vento? Sentindo o vento e aquilo que o vento arrasta. E o tempo tem a ver com isso. Portanto, quando se fala do aroma do vento, para quem quer compreender a imagem, tem de evocar e, no melhor dos casos, voltar a sentir essa experiência. Por outro lado, o aroma vem das mãos, de todos os ofícios, da relação amorosa e da guerra, mas a caça não é um ofício!
O que é a caça?
Como diz Benjamin, a caça é uma imagem da vida (a primeira, em rigor), com particular potência para a compreensão da relação entre vestígio e aura. Ouça-se a maravilhosa cantata de Béla Bartók (Cantata Profana. Os Veados Mágicos, obra para orquestra, duplo coro misto, tenor e barítono, de 1930). Em Semear na Neve (Relógio D’Água, 1999), no capítulo Aura e vestígio, faço uma análise dessa Cantata e estabeleço um vínculo com os conceitos benjaminianos. É uma história sobre nove irmãos a quem o pai não tinha ensinado nenhum ofício. Eles só sabiam caçar e um dia sofrem uma metamorfose irreversível, transformando-se em nove veados mágicos. Mais tarde, quando os homens começam a trabalhar a terra e a tecer ou a moldar um vaso, a vida passa a ser vista através desses actos oficinais.
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