Maria Celeste Natário
Biografia
Maria Celeste Natário, natural de Amarante, apaixonada por Teixeira de Pascoaes, é professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde se doutorou e apresentou provas de agregação. Com mais de duas décadas dedicadas à investigação, coordena, como investigadora principal, o research group Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal, no Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, no qual promove o diálogo entre Filosofia e Culturas de Língua Portuguesa (entre a América Latina, África e Ásia), bem como entre Filosofia e Literatura, no âmbito do qual foram publicadas várias obras, tanto em Portugal como no Brasil. As relações entre Filosofia e criação artística têm merecido também a sua atenção com a promoção de Encontros Internacionais, tais como: Cidades de Amadeo (2017-2019) e Música e Pensamento (2018-2019).
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Raul Leal: Leitor de Fernando Pessoa, Leitor de Si Mesmo ou A Criação do Futuro
«O volume que aqui se apresenta resulta de um trabalho desenvolvido no âmbito do Grupo de Investigação "Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal", do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, em parceria com a Fundação Marques da Silva, também da Universidade do Porto, onde se encontra o espólio do arquiteto Fernando Távora, acervo particularmente rico quanto ao nosso modernismo.
Ao longo de décadas, Fernando Távora colecionou na sua biblioteca parte substantiva de obras de autores do modernismo português. Após a sua morte, o espólio do prestigiado arquiteto portuense, também ele em certa medida um homem de gosto de formas modernistas, foi doado à Fundação Marques da Silva, hoje integrada na Universidade do Porto.
Um dos exemplos maiores da riqueza documental deste acervo é o conjunto de inéditos manuscritos de Raul Leal sobre Fernando Pessoa, que muito irão incrementar o estado da arte dos estudos sobre Fernando Pessoa e, particularmente, o conhecimento do polémico autor modernista de Sodoma divinisada. Raul Leal permanece ainda hoje num certo desconhecimento, como pode ser comprovado pela quantidade de textos inéditos que este espólio comporta, apesar de recentes estudos desenvolvidos.
É pois com regozijo que, em parceria com a Fundação Marques da Silva, criada para acolher os espólios da Escola de Arquitectura do Porto, apresentamos este volume, onde Arte, Modernismo, Modernidade e Pós-Modernidade são aspectos inerentes ao convívio intelectual de Raul Leal pelo lugar de presença como uma espécie de céu aberto para investigações diversas, mas onde aquela para a qual este volume aponta se concentre, não só num diálogo interartes, como no contributo para uma mais alargada e fundamentada perspetiva do pensamento filosófico português do século XX, onde o movimento de Orpheu deixou uma marca que não tem sido muito considerada.»
Maria Celeste Natário
Ao longo de décadas, Fernando Távora colecionou na sua biblioteca parte substantiva de obras de autores do modernismo português. Após a sua morte, o espólio do prestigiado arquiteto portuense, também ele em certa medida um homem de gosto de formas modernistas, foi doado à Fundação Marques da Silva, hoje integrada na Universidade do Porto.
Um dos exemplos maiores da riqueza documental deste acervo é o conjunto de inéditos manuscritos de Raul Leal sobre Fernando Pessoa, que muito irão incrementar o estado da arte dos estudos sobre Fernando Pessoa e, particularmente, o conhecimento do polémico autor modernista de Sodoma divinisada. Raul Leal permanece ainda hoje num certo desconhecimento, como pode ser comprovado pela quantidade de textos inéditos que este espólio comporta, apesar de recentes estudos desenvolvidos.
É pois com regozijo que, em parceria com a Fundação Marques da Silva, criada para acolher os espólios da Escola de Arquitectura do Porto, apresentamos este volume, onde Arte, Modernismo, Modernidade e Pós-Modernidade são aspectos inerentes ao convívio intelectual de Raul Leal pelo lugar de presença como uma espécie de céu aberto para investigações diversas, mas onde aquela para a qual este volume aponta se concentre, não só num diálogo interartes, como no contributo para uma mais alargada e fundamentada perspetiva do pensamento filosófico português do século XX, onde o movimento de Orpheu deixou uma marca que não tem sido muito considerada.»
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