José Adelino Maltez
Biografia
José Adelino Maltez nasceu em Coimbra, em 1951. Pai de três filhos e avô de três netas. Formado em Direito nesta cidade, é Doutor na especialidade de Ciência Política pela Universidade de Ciência Política (ISCSP), escola onde é professor catedrático da área, desde o século passado. Começou a docência na Faculdade de Direito de Lisboa em 1976 e verifica, agora, que as suas duas escolas já se integram na Universidade de Lisboa, a Universidade Pública portuguesa de refundação henriquina. Entre as suas obras, para além do Ensaio sobre o problema do Estado, editado em 1990, e de cinco volumes de poesia, publicou várias obras com cruzamento histórico com o Portugal pós-liberal, como Nas encruzilhadas do país político, 1987; A estratégia do PCP na reforma agrária, 1990; Sobre a estratégia cultural portuguesa, 1991; Tradição e revolução, 2004-2005; Biografia do pensamento político, 2009 e 2014; Abecedário simbiótico, 2011; Do império por cumprir, 2016; e a cronologia Portugal político, 3 volumes, 2020.
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Depois da Guerra e do Império
Fernão Miguel Caldeira Marques, professor de direito administrativo da Universidade Nacional de Timor Loro Sae, foi meu colega de escola primária, liceu e faculdade. Tendo cumprido serviço militar, já depois de 1974, veio a ser mobilizado para a Guiné, onde viveu os dramas do fim do império. E de lá voltou à Europa para conseguir um doutoramento na Universidade de Caen, em França. Depois de várias tentativas falhadas para exercer o título em Lisboa, Coimbra, Porto e Minho, partiu um dia para o Oriente, onde silenciosamente cumpriu a sua carreira universitária.
Foi-me fazendo leitor dos seus escritos quase confessionais, que ainda conservo, e dedicou-se, nos últimos tempos, a uma tentativa de novela, que, eu, feito legatário da sua memória, decidi promover editorialmente.
Esta procura da ficção por versículos é, sobretudo, mais uma das capelas imperfeitas de uma silenciosa tentativa de prosa poética, mas julgo que deve ser conhecida pelos contemporâneos e descendentes, embora se trate de um exagero lírico, face ao fio narrativo que a sustenta.
Foi-me fazendo leitor dos seus escritos quase confessionais, que ainda conservo, e dedicou-se, nos últimos tempos, a uma tentativa de novela, que, eu, feito legatário da sua memória, decidi promover editorialmente.
Esta procura da ficção por versículos é, sobretudo, mais uma das capelas imperfeitas de uma silenciosa tentativa de prosa poética, mas julgo que deve ser conhecida pelos contemporâneos e descendentes, embora se trate de um exagero lírico, face ao fio narrativo que a sustenta.