Jorge Braga de Macedo
Biografia
Academia das Ciências de Lisboa; CG&G-NSBE; Catedrático jubilado UNL, Investigador NBER, CEPR e CIGI. Doutorado em Economia pela Universidade de Yale (EUA, 1979), foi diretor na EcFin (CE), ministro das Finanças, presidente do CD/OCDE e do IICT, ensinou em Luanda, Princeton, Paris, etc.
partilhar
Em destaque VER +
Globalização em Português
Academia das Ciências de Lisboa acolheu um simpósio sobre globalização em português, no âmbito das comemorações do nascimento de Alfredo da Silva em 1871 - quando iam passar 300 anos sobre a publicação de Os Lusíadas. Além da abertura pelo presidente da Fundação Amélia de Mello e do encerramento por Pedro Passos Coelho, os trabalhos dividiram-se em três partes. Primeiro, descrevem-se iniciativas da CUF em Angola e na Guiné e confirma-se a relevância das continuidades institucionais para além das revoluções políticas no desenvolvimento angolano (1966-2018) e moçambicano (1900-2005).
A Parte II evoca a experiência do Instituto de Investigação Científica Tropical, criado com outro nome para aconselhar os representantes portugueses na Conferência de Berlim e cedido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros à Universidade de Lisboa em 2015. Salienta-se a colaboração empresarial, científica e cultural com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa iniciada em 2004.
Por fim, debatem-se relações euroafricanas em tempo de pandemia, quando Portugal preside ao Conselho Europeu (deixando saudades de 1992). em suma, a instabilidade política e financeira de Portugal no seguimento de sucessivas revoluções políticas nos últimos 200 anos, marcadas por duas vagas de globalização, contrasta com os «mares nunca dantes navegados» que marcaram a primeira. o impacto ultramarino da experiência única de união pessoal com Espanha implicou conflitos europeus e ignorou a revolução industrial inglesa, crescendo Portugal abaixo da média europeia, salvo em 1925-89.
Neste século, exposições em Washington e Bruxelas nas quais se vê os navegadores «abraçando o globo» sublimam «o rancor progressista por Camões» lembrado por Borges de Macedo. Nesse espírito, a Carta à Rainha Lusófona, decorrente da parceria ACL/IICT//NOVASBE, alarga e aprofunda a que foi escrita pela Academia Britânica sobre a crise de 2008 - na medida em que passa além do âmbito anglo-americano e apela à interdisciplinaridade entre ciências e letras.
A Parte II evoca a experiência do Instituto de Investigação Científica Tropical, criado com outro nome para aconselhar os representantes portugueses na Conferência de Berlim e cedido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros à Universidade de Lisboa em 2015. Salienta-se a colaboração empresarial, científica e cultural com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa iniciada em 2004.
Por fim, debatem-se relações euroafricanas em tempo de pandemia, quando Portugal preside ao Conselho Europeu (deixando saudades de 1992). em suma, a instabilidade política e financeira de Portugal no seguimento de sucessivas revoluções políticas nos últimos 200 anos, marcadas por duas vagas de globalização, contrasta com os «mares nunca dantes navegados» que marcaram a primeira. o impacto ultramarino da experiência única de união pessoal com Espanha implicou conflitos europeus e ignorou a revolução industrial inglesa, crescendo Portugal abaixo da média europeia, salvo em 1925-89.
Neste século, exposições em Washington e Bruxelas nas quais se vê os navegadores «abraçando o globo» sublimam «o rancor progressista por Camões» lembrado por Borges de Macedo. Nesse espírito, a Carta à Rainha Lusófona, decorrente da parceria ACL/IICT//NOVASBE, alarga e aprofunda a que foi escrita pela Academia Britânica sobre a crise de 2008 - na medida em que passa além do âmbito anglo-americano e apela à interdisciplinaridade entre ciências e letras.