Hernâni Carvalho
Biografia
Hernâni Carvalho nasceu em Lisboa, em 1960. É o jornalista mais destacado no contexto do comentário televisivo sobre Segurança e Criminalidade. Fez reportagens de guerra na Bósnia, Honduras, Timor, Sara Ocidental, Gâmbia, Paquistão e Afeganistão. Publicou reportagens n’ O Independente, na Sábado e no Correio da Manhã. Está na SIC há mais de dez anos, onde assinou programas como Nas Ruas e Linha Aberta com Hernâni Carvalho, além da análise criminal que faz de forma diária n’ O Programa da Cristina.
Em paralelo com o jornalismo, Hernâni Carvalho é doutorado em Psicologia pela Universidade da Extremadura, em Espanha, na qual defendeu uma tese sobre a mente dos terroristas. Jornalista-auditor de Defesa Nacional, é também pós-graduado em Neuropsicologia e tem estudos graduados na área das Ciências da Religião. É membro da Academia Americana de Psicologia e da Academia Americana de Ciências Forenses. Já publicou uma dezena de livros, quase todos dedicados ao fenómeno da criminalidade. Depois de Matadores (2019), Avé-Marias é o seu segundo título na Contraponto.
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Avé-Marias
No seu novo e surpreendente livro, Ave-Marias, Hernâni Carvalho analisa o papel da mulher tendo como ponto de partida aquele que é o texto fundamental em que se baseia a nossa cultura ocidental: a Bíblia Sagrada.
Votadas desde a Antiguidade ao silêncio e limitadas à reprodução e às atividades domésticas, ao longo da História as mulheres foram sempre remetidas para a sombra. E na Bíblia acontece o mesmo. A mulher bíblica era, essencialmente, amante, esposa e mãe. O seu papel era na vida familiar. Na vida social, económica, política e religiosa do país, permanecia sempre na dependência do seu marido ou pai. Calada, à margem e, na maior parte dos casos, anónima. Muitas das que ali se referem são pessoas sem rosto, que nem sequer têm o direito de ver os seus nomes inscritos nas Sagradas Escrituras. O que ali se define é, isso sim, o lugar da mulher: um lugar secundário, acessório, carregado de deveres e sem direitos, numa visão cultural que a encarava apenas de forma utilitária, como servente, como reprodutora, como objeto de prazer ou, quando muito, como meio de obter influência. Meros instrumentos, figurantes, por vezes quase adereços.
Em Ave-Marias, Hernâni Carvalho, num registo diferente do habitual, apresenta um olhar sobre essas mulheres, mulheres reais, que por vezes desempenharam papéis determinantes e acabaram retratadas como meras espectadoras, e convida a uma reflexão sobre o tratamento subalterno que ainda hoje, séculos e séculos depois, se dá às mulheres em muitos lugares.
Em Ave-Marias, Hernâni Carvalho, num registo diferente do habitual, apresenta um olhar sobre essas mulheres, mulheres reais, que por vezes desempenharam papéis determinantes e acabaram retratadas como meras espectadoras, e convida a uma reflexão sobre o tratamento subalterno que ainda hoje, séculos e séculos depois, se dá às mulheres em muitos lugares.