E. M. Forster
Biografia
E. M. Forster (1879-1970) é sobretudo reconhecido e admirado por obras como Um Quarto com Vista (1908), Howards End (1910) e Passagem para a Índia (1924), e pela controversa publicação póstuma de Maurice (1971), romance que desvenda e exalta o amor homossexual. Da adolescência no Surrey aos estudos no King’s College e à sua ligação ao Grupo de Bloomsbury, cedo se norteou pela crença na plena realização e na liberdade do homem, capaz de desarmar as hipocrisias do puritanismo e da sociedade britânica da época. Pacifista e objetor de consciência na Primeira Guerra Mundial, fez serviço cívico na Cruz Vermelha e visitou o Egipto, tendo travado amizade com o poeta Konstandinos Kavafis em Alexandria. Foi membro da Union of Ethical Societies e famoso pelas suas intervenções na rádio em defesa de reformas sociais e da liberdade de expressão.
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Maurice
Da adolescência aos anos da universidade, em Cambridge, e à vida profissional na firma do seu pai, Maurice Hall representa o papel do homem inglês convencional. Mas por baixo da fachada de conformidade, Maurice sonha poder libertar-se das amarras da sociedade e assumir a sua verdadeira identidade.
O primeiro amor de Maurice, Clive Durham, apresenta-o aos gregos antigos e à beleza da atração pelo mesmo sexo. Para Clive, a relação entre os dois é uma forma elevada do amor, uma relação puramente platónica, sem espaço para intimidade física.
Quando Clive casa com uma mulher, Maurice fica devastado. Incapaz de seguir o mesmo percurso, procura um hipnotista que o possa curar da homossexualidade. Neste confronto entre solidão, vergonha e busca pela felicidade, Maurice acaba por se revoltar contra as regras tácitas da sociedade em que vive.
O primeiro amor de Maurice, Clive Durham, apresenta-o aos gregos antigos e à beleza da atração pelo mesmo sexo. Para Clive, a relação entre os dois é uma forma elevada do amor, uma relação puramente platónica, sem espaço para intimidade física.
Quando Clive casa com uma mulher, Maurice fica devastado. Incapaz de seguir o mesmo percurso, procura um hipnotista que o possa curar da homossexualidade. Neste confronto entre solidão, vergonha e busca pela felicidade, Maurice acaba por se revoltar contra as regras tácitas da sociedade em que vive.