Djamila Ribeiro
Biografia
Nascida em 1980, Djamila Taís Ribeiro dos Santos é graduada em Filosofia e mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de- São Paulo. É coordenadora do projeto Feminismos Plurais, que compreende uma coleção de livros publicados sobre raça e género por pessoas negras, bem como um instituto de acolhimento a mulheres em situação de vulnerabilidade social.
É autora de quatro livros editados no Brasil e, desde 2022, ocupa a cadeira n.º 28 da Academia Paulista de Letras, sucedendo à escritora Lygia Fagundes Telles. É colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo e, em 2019, foi laureada pelo Prémio Príncipe Claus, concedido pelo Reino dos Países Baixos e considerada pela BBC como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.
Em 2020, ganhou o Prémio Jabuti, o mais importante do meio literário brasileiro, na categoria de Ciências Humanas. Em 2021, foi a primeira brasileira da história homenageada pelo BET Awards, concedido pela comunidade negra estadunidense. Em 2023 recebeu o Prémio Franco-Alemão de Direitos Humanos. É professora convidada da New York University (NYU).
É autora de quatro livros editados no Brasil e, desde 2022, ocupa a cadeira n.º 28 da Academia Paulista de Letras, sucedendo à escritora Lygia Fagundes Telles. É colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo e, em 2019, foi laureada pelo Prémio Príncipe Claus, concedido pelo Reino dos Países Baixos e considerada pela BBC como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.
Em 2020, ganhou o Prémio Jabuti, o mais importante do meio literário brasileiro, na categoria de Ciências Humanas. Em 2021, foi a primeira brasileira da história homenageada pelo BET Awards, concedido pela comunidade negra estadunidense. Em 2023 recebeu o Prémio Franco-Alemão de Direitos Humanos. É professora convidada da New York University (NYU).
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Travessias
«Fui publicada em Portugal em 2024, o livro Cartas para a Minha Avó atravessou os mares e me apresentou a um novo público de leitores e leitoras. Mesmo assim, sinto a necessidade de me apresentar. Eu vim de uma criação de um estivador sindicalista e de uma trabalhadora doméstica, adepta do candomblé, que tirava os espíritos obsessores das pessoas. Meu pai foi militante do movimento negro, um dos fundadores do Partido Comunista de Santos, cidade do litoral de São Paulo onde cresci, e desde cedo incentivava a mim e aos meus irmãos a estudar. Não havia a mínima possibilidade de alienação: sabíamos que éramos parte de uma família negra da classe trabalhadora e as consequências de partirmos desse lugar, assim como já havíamos internalizado que qualquer possibilidade de emancipação passava necessariamente pela educação. Eu sempre fui muito estudiosa, gostava de ler, tirava boas notas e me destacava como uma das melhores alunas. Mas não sem retaliação por ousar sair do meu lugar.»