No início e meados do século XIX o Sul da Europa assistiu à fusão de uma península caótica e fragmentada para formar aquilo que hoje conhecemos por Itália. O nascimento deste país viria a ter efeitos colaterais que tanto seriam altamente prejudiciais como extremamente benéficos. Para muitos italianos a unificação significou que uma nova Itália iria ocupar o seu lugar legítimo como uma das grandes nações da Europa; neste sentido, arrastada pela "força do destino", Itália deixaria de ser um país pobre e desprezado, admirado principalmente por turistas, para emergir como um poder dominante no continente, digno do seu passado glorioso. A incapacidade da unificação italiana para compreender estas ambições levou o país a tornar-se um elemento extremamente instável, contribuindo para as duas guerras mundiais e desafiando a ordem geral internacional. Sendo uma das histórias mais dramáticas da Europa, Christopher Duggan revela-a com grande vivacidade e inteligência, entrelaçando a realidade socioeconómica e o desenvolvimento político do país com domínios da arte como a música, a literatura e a arquitetura, e expondo as dificuldades de construir uma nação para demonstrar a facilidade com que se pode escorregar do nacionalismo para o autoritarismo e a guerra.