Ana Paula Figueira
Biografia
Ana Paula Morais Pires Figueira nasceu em Beja. É docente no Instituto Politécnico de Beja, doutorada em Gestão de Empresas, na área específica do Marketing e pós-doutorada no âmbito da linha de investigação em "Estratégias e Políticas Territoriais" pelo Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) - Universidade de Lisboa.
Integra a equipa de avaliação e acreditação dos cursos superiores em Turismo (politécnico) da Âgencia de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).
Paralelamente à atividade académica tem estado, desde sempre, ligada a projetos externos e de intervenção social e comunitária. Salientam-se, mais recentemente, a conceção e desenvolvimento dos projetos culturais "Conversas Tertulianas" (2008-2009) e "em.cantos" (Setembro 2009 - Julho 2010). Desde o início de 2011 que assina uma coluna de opinião com publicação regular no jornal "Diário do Alentejo".
É coautora da obra "13... Sem Reservas Nem Tabus", cujo lançamento foi realizado em Maio de 2010 e que resultou das entrevistas que realizou a 13 figuras públicas que se destacaram em diversos setores da sociedade portuguesa.
Em 2011 escreveu o seu primeiro livro de ficção - "amor e bondade com cheiro a madressilva" - e ainda um livro técnico: "Marketing Territorial - uma nova dimensão do marketing".
Integra a equipa de avaliação e acreditação dos cursos superiores em Turismo (politécnico) da Âgencia de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).
Paralelamente à atividade académica tem estado, desde sempre, ligada a projetos externos e de intervenção social e comunitária. Salientam-se, mais recentemente, a conceção e desenvolvimento dos projetos culturais "Conversas Tertulianas" (2008-2009) e "em.cantos" (Setembro 2009 - Julho 2010). Desde o início de 2011 que assina uma coluna de opinião com publicação regular no jornal "Diário do Alentejo".
É coautora da obra "13... Sem Reservas Nem Tabus", cujo lançamento foi realizado em Maio de 2010 e que resultou das entrevistas que realizou a 13 figuras públicas que se destacaram em diversos setores da sociedade portuguesa.
Em 2011 escreveu o seu primeiro livro de ficção - "amor e bondade com cheiro a madressilva" - e ainda um livro técnico: "Marketing Territorial - uma nova dimensão do marketing".
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Natureza de Poesia
«Uma explicação
Há uns poucos meses, a Ana Paula e eu encontrámo-nos numa rotunda. De palavras, sem semáforos. Ela, com dezoito delicados e sensíveis poemas que havia escrito; eu, com uns apontamentos em prosa, que serviram de apoio a uma participação num colóquio na Universidade do Porto.
Em estimulante troca de ideias, achámos que poderíamos juntar as palavras. A Ana Paula desafiou-me para que, com base nos meus apontamentos, associasse um texto a cada um dos seus poemas. Lembrei-me, então, do que Mia Couto disse, com sageza, sobre a poesia: "é um modo de ler o mundo e escrever nele um outro mundo". Daí, mãos à obra, que é como quem diz ao teclado do computador. Com base nos poemas, escrevi sobre o meu sentir de um outro mundo que também é o mundo: o arbóreo. Convidei uma hipotética árvore e pu-la a testemunhar o seu percurso de existência, entre versos da nossa natureza.
Assim, nasceram dezoito pares poema-texto, ordenados segundo uma perceptível sequência da vida, nas suas multifacetadas e quase paradoxais abordagens humana, botânica, ética, estética e afectiva. Por outras palavras, lançámos uma sementeira onde germinassem palavras de respostas a pontos de interrogação, numa conjugação entre a realidade ficcionada e a ficção realizada.
Achámos que este conjunto de uma poesia humana e de uma prosa botânica poderia ser interessante, por via de uma interacção entre nós e a natureza de que também fazemos parte, ou seja, da nossa casa comum. Procurámos fazê-lo com abertura ao futuro, delicadeza e sensibilidade, quiçá atrevimento.
Depois, surgiu a ideia de publicar estes textos, ainda que com características editoriais não padronizadas. Às palavras juntámos sensíveis cianotipias de Nuno Abelho. E, assim, chegámos a uma topiária poética, talhando azevinhos de adjectivos, loureiros de verbos, madressilvas de substantivos e hibiscos de cianotipias.
E assim se fez este livrinho, com dezoito entradas e outras tantas janelas. Para o mundo contido no Mundo. Ou, como a Ana Paula diz num dos seus poemas, para "ver o mundo a rodar / vivo, animado, colorido /com significado".»
António Bagão Félix em Abril de 2022
Há uns poucos meses, a Ana Paula e eu encontrámo-nos numa rotunda. De palavras, sem semáforos. Ela, com dezoito delicados e sensíveis poemas que havia escrito; eu, com uns apontamentos em prosa, que serviram de apoio a uma participação num colóquio na Universidade do Porto.
Em estimulante troca de ideias, achámos que poderíamos juntar as palavras. A Ana Paula desafiou-me para que, com base nos meus apontamentos, associasse um texto a cada um dos seus poemas. Lembrei-me, então, do que Mia Couto disse, com sageza, sobre a poesia: "é um modo de ler o mundo e escrever nele um outro mundo". Daí, mãos à obra, que é como quem diz ao teclado do computador. Com base nos poemas, escrevi sobre o meu sentir de um outro mundo que também é o mundo: o arbóreo. Convidei uma hipotética árvore e pu-la a testemunhar o seu percurso de existência, entre versos da nossa natureza.
Assim, nasceram dezoito pares poema-texto, ordenados segundo uma perceptível sequência da vida, nas suas multifacetadas e quase paradoxais abordagens humana, botânica, ética, estética e afectiva. Por outras palavras, lançámos uma sementeira onde germinassem palavras de respostas a pontos de interrogação, numa conjugação entre a realidade ficcionada e a ficção realizada.
Achámos que este conjunto de uma poesia humana e de uma prosa botânica poderia ser interessante, por via de uma interacção entre nós e a natureza de que também fazemos parte, ou seja, da nossa casa comum. Procurámos fazê-lo com abertura ao futuro, delicadeza e sensibilidade, quiçá atrevimento.
Depois, surgiu a ideia de publicar estes textos, ainda que com características editoriais não padronizadas. Às palavras juntámos sensíveis cianotipias de Nuno Abelho. E, assim, chegámos a uma topiária poética, talhando azevinhos de adjectivos, loureiros de verbos, madressilvas de substantivos e hibiscos de cianotipias.
E assim se fez este livrinho, com dezoito entradas e outras tantas janelas. Para o mundo contido no Mundo. Ou, como a Ana Paula diz num dos seus poemas, para "ver o mundo a rodar / vivo, animado, colorido /com significado".»
António Bagão Félix em Abril de 2022