Ana Anjos Mântua
Biografia
Ana Anjos Mântua é licenciada em História, variante de História da Arte, e pós-graduada em Arte, Património e Restauro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É Coordenadora da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa, desde 2013.
Anteriormente desempenhou funções de investigação e curadoria de exposições no Mosteiro dos Jerónimos/Torre de Belém e Museu Nacional do Azulejo. Em 2004, enquanto técnica superior do IPPAR-Instituto do Património Arquitetónico e Arqueológico, desenvolveu um projeto internacional de salvaguarda do património na Ilha de Moçambique. Tem ainda no currículo uma série de artigos científicos nas áreas do património e do colecionismo.
Anteriormente desempenhou funções de investigação e curadoria de exposições no Mosteiro dos Jerónimos/Torre de Belém e Museu Nacional do Azulejo. Em 2004, enquanto técnica superior do IPPAR-Instituto do Património Arquitetónico e Arqueológico, desenvolveu um projeto internacional de salvaguarda do património na Ilha de Moçambique. Tem ainda no currículo uma série de artigos científicos nas áreas do património e do colecionismo.
partilhar
Em destaque VER +
A Americana que Queria ser Rainha de Portugal
Quando D. Afonso, príncipe real, saiu do automóvel junto ao Paço Real de
Sintra naquele ameno dia 8 de Junho de 1908, Nevada Hayes sentiu um
calafrio e foi subitamente acometida por um pressentimento: um dia seria sua
mulher. Um dia seria rainha de Portugal.
Nascida no Ohio, Estados Unidos, filha de um merceeiro, cedo percebeu que estava destinada a uma vida melhor. E lutou com todas as suas forças para a conseguir. Trabalhou em Washington e Nova Iorque, casou por amor e por interesse, teve um filho que abandonou, viveu em França, Itália, viajou por países exóticos, divorciou-se duas vezes e viu-se envolvida em vários escândalos. O seu nome fez correr tinta na imprensa, nomeadamente quando conseguiu casar com D. Afonso, apesar da recusa e indignação de D. Manuel, último rei de Portugal, então no exílio em Inglaterra. Tornara-se finalmente duquesa do Porto, princesa de Bragança.
Houve quem a retratasse como uma mulher fria, calculista, mal-educada, mas Ana Anjos Mântua, coordenadora da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, conta-nos a sua história para além do rol dos seus incontáveis defeitos. Através de uma investigação cuidada, a autora traz-nos um romance empolgante sobre esta extraordinária mulher, que se transformou ao longo da vida para se tornar uma das figuras mais admiradas e faladas pela imprensa internacional e pela aristocracia europeia da época. Morreu a 11 de Janeiro de 1941, viúva do «seu amor» D. Afonso, e depois de ter conseguido reclamar ao Estado Português a herança que considerava sua por direito.
Nascida no Ohio, Estados Unidos, filha de um merceeiro, cedo percebeu que estava destinada a uma vida melhor. E lutou com todas as suas forças para a conseguir. Trabalhou em Washington e Nova Iorque, casou por amor e por interesse, teve um filho que abandonou, viveu em França, Itália, viajou por países exóticos, divorciou-se duas vezes e viu-se envolvida em vários escândalos. O seu nome fez correr tinta na imprensa, nomeadamente quando conseguiu casar com D. Afonso, apesar da recusa e indignação de D. Manuel, último rei de Portugal, então no exílio em Inglaterra. Tornara-se finalmente duquesa do Porto, princesa de Bragança.
Houve quem a retratasse como uma mulher fria, calculista, mal-educada, mas Ana Anjos Mântua, coordenadora da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, conta-nos a sua história para além do rol dos seus incontáveis defeitos. Através de uma investigação cuidada, a autora traz-nos um romance empolgante sobre esta extraordinária mulher, que se transformou ao longo da vida para se tornar uma das figuras mais admiradas e faladas pela imprensa internacional e pela aristocracia europeia da época. Morreu a 11 de Janeiro de 1941, viúva do «seu amor» D. Afonso, e depois de ter conseguido reclamar ao Estado Português a herança que considerava sua por direito.