Quarentena ou a Liberdade Dentro de uma Caixa
de Mário Máximo
Sobre o livro
Para Tomás Augusto, um jovem jornalista em quarentena, a liberdade torna -se uma palavra dentro de uma caixa. Tudo acontecera demasiado depressa. Da aparente segura distância dos acontecimentos sanitários de Wuan, na China (em Dezembro de 2019), até á inquietante e assustadora proximidade da sua eclosão também na Europa e em Portugal (e no resto do mundo) foi o tempo de dois ou três meses.
Sobreveio o medo do contágio e o modo de vida das sociedades alterou-se, de um dia para o outro, em todo o mundo. A morte de um grande amigo (colega da redação do jornal onde trabalhava), infectados com o novo coronavirus, foi a razão próxima que empurrou para assumir de uma missão: o ser correspondente de guerra da pandemia.
A razão remota foi o facto de desejar fazer jornalismo de investigação. A nível pessoal, numa noite de amor e imprudência perante os riscos de contágio, confirmou se ter encontrado a mulher que viria a reconciliá-lo com o amor; mas nessa mesma noite também viu o sofrimento, a sua frente, de um sem abrigo tomado por dolorosos sintomas covid 19.
Foi a partir dessa noite que sentiu compelido a assumir, apesar do confinamento, a vida que ri, que chora, que sofre, que tem desejos e sonhos. E que pode ter medo mas quer ser livre e feliz. E quer servir. No caso do Tomás Augusto, servir da humanidade. Lutar contra a pandemia tinha de ser uma forma de lutar a favor da Humanidade. Se a saúde era o meio, a liberdade de existir em sociedade era o fim.