Publicidade, Media e Comunicação
de Fernando Peixoto
Sobre o livro
A nossa contemporaneidade respira o ar do tempo mediático. Como qualificou Vattimo, habitamos hoje uma «sociedade de comunicação generalizada».
É, pois, esta a nossa condição, uma condição mediática, desde as mais simples rotinas, como ver televisão, ouvir rádio, navegar na Internet, até folhear um jornal, dedilhar um tablet, ou mesmo passear pedonalmente em qualquer urbe - os media, e particularmente a publicidade, parecem acompanhar-nos a todo o instante. O que esta situação tem de particularmente relevante é o facto de o paradigma comunicacional ter o seu destino ligado à tecnologia da informação, que lhe determina as condições de possibilidade, de funcionamento e de circulação.
Partindo do ponto de vista de que a tecnologia da informação (que inclui os media - e designadamente com a publicidade) projeta um ideal utópico, há que problematizar aquilo que se caracteriza hoje como a «promessa publicitária». O papel decisivo dos media - potenciado sob o espectro da comunicação e da informação - na formatação do homem atual, determina-lhe a atmosfera e o ritmo, constituindo-se porventura como a única promessa social, projetando a máscara comunicacional de uma nova utopia: a utopia tecnológica.