Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. Licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico.
Desde então, tem praticado diversos géneros literários – Romance, Novela, Conto, Ensaio, Crónica e Teatro –, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de atualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e surpreendente.
Nas diversas modalidades de Romance, Conto, Crónica e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance e Novela, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen Clube Português e o prémio internacional Pégaso de Literatura). Em 2020, foi distinguido com o Grande Prémio da Crónica e Dispersos Literários, da APE, pela obra O que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs, e, em 2022, o seu De maneira que é claro... foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga, da APE. Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.
Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou Epítome de Pecados e Tentações são a comprovação dessa extrema versatilidade.
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