O Vice-Rei de Ajudá
de Bruce Chatwin; Tradução: Carlos Leite
Grátis
Sobre o livro
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Formação de Adultos como sugestão de leitura.
D. Francisco veio de S. Salvador da Baía em 1812 e, durante mais
de trinta anos, foi o melhor amigo do rei do Daomé, mantendo-o
abastecido de rum, tabaco, coisas finas e espingardas Long Dane,
que não eram feitas na Dinamarca mas em Birmingham.
Como recompensa por estes favores, gozava do título de Vice-Rei
de Ajudá, do monopólio da venda de escravos, duma adega de
Chateau Margaux e dum inexaurível serralho de mulheres. Quando
morreu, em 1857, deixou sessenta e três filhos mulatos e um
número desconhecido de filhas cuja progenitura, cada vez mais
escura, hoje incontável como gafanhotos, se estende de Luanda ao
Quartier Latin.
É sobre esta fabulosa personagem e o seu cruel universo —
Ajudá, onde os portugueses ergueram a Fortaleza de S. João
Baptista, foi um importante porto do tráfico de escravos — que
Bruce Chatwin constrói este seu romance. Entre a ficção e a
realidade, O Vice-Rei de Ajudá leva-nos a um estranho país em que
os soldados são ferozes amazonas, o poder é absoluto e
imprevisível e a feitiçaria e a morte são a realidade quotidiana.
O Vice-Rei de Ajudá foi adaptado ao cinema por Werner Herzog no
filme Cobra Verde.
Andrew Harvey, The New York Times
«Uma prosa sintética e lapidar que consegue comprimir mundos dentro de páginas.»
John Updike