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Sobre o livro
Neste livro, Joaquim Fernandes, o homem, o filósofo, o historiador, busca na História as respostas à questão que lá no fundo todo o ser humano, de forma mais ou menos consciente, se coloca: quem sou eu no meio deste vasto universo conhecido? Uma leitura indispensável para todos aqueles que ousam questionar-se, um livro que os levará a não se sentirem sós nesta aventura do pensamento, talvez a aventura mais interessante que alguma vez possa ser vivida.
A mesma questão que ocupava Demócrito na Grécia antiga permanece intemporal e viva nos debates contemporâneos: «estamos sós no Universo?». Esta é porventura a pergunta que há mais tempo perdura, suspensa no quadro das angústias humanas, ao longo das civilizações e culturas que se têm sucedido, uma após outra, no nosso planeta. O trajeto que propomos nesta obra inicia-se na longínqua Grécia pré-socrática e desemboca nos contributos cosmopolitas que apostam na matematização do espaço e do tempo, antecedendo a construção do edifício mental das Luzes. De permeio, resta a longa travessia do tempo, imóvel e fechado, desde a Idade Média até aos sobressaltos de uma Renascença que redescobre a excelência do Homem e o (re)liga ao todo cósmico.
O alvo deste livro é naturalmente bem mais modesto do que o inventário exaustivo dessa pergunta e propostas de resposta, residente no inconsciente humano desde que a razão habitou entre nós e se escreve a História. O trajeto que propomos nesta obra inicia-se na longínqua Grécia pré-socrática e desemboca nos contributos cosmopolitas que apostam na matematização do espaço e do tempo, antecedendo a construção do edifício mental racionalista das “Luzes”. De permeio, resta a longa travessia do tempo, imóvel e fechado, do medievo, até aos sobressaltos de uma Renascença que redescobre a excelência do Homem e o (re)liga ao todo cósmico.
Uma vez, num futuro indeterminado, mas certo, a natureza humana (ou as suas sucedâneas, seja que forma, estrutura e essência possam assumir...) virá a ser confrontada, pela primeira vez na sua história, com outras existências, realidades e dimensões exógenas, não-humanas, que muito provavelmente tornam anacrónico qualquer tipo de prognóstico ou antecipação das suas características. Poderemos dizer que assim deverá ser, não se sabendo quando.
Somos uma espécie de náufragos a bordo de uma jangada, mais ou menos esférica, que roda em torno da nossa estrela, mãe que nos alimenta. Até um dia…O estabelecimento de um “contacto”, por qualquer forma, por ora inimaginável, com o Outro, algures no cosmos sem limites, constituirá um momento único no processo civilizacional desta Humanidade e do seu processo de evolução. Talvez esse singular e extraordinário enlace venha a ser concretizado fora do nosso mundo, possa ser ele preservado ou não de alguma catástrofe natural ou outra, ou se e quando a cultura planetária se haja implantado, mais além das suas fronteiras originais, do seu berço, agora em oceanos outros, por outros Adamastores atormentados. Como qualquer criança, é legítimo pensar que um dia, a humana espécie acabe por abandonar o berço...