Julian Baggini
Biografia
Julian Baggini é um dos fundadores da revista inglesa The Philosophers' Magazine e autor de mais de vinte livros, muitos dos quais para um público não especializado. Destacam-se os seus livros sobre os problemas do livre-arbítrio e também sobre a identidade pessoal. É colaborador regular da BBC Radio.
partilhar
Em destaque VER +
As Fronteiras da Razão
A razão, depois de ter sido encarada durante séculos
como um juiz imparcial com amplas provas dadas, tem
ultimamente vindo a ocupar um lugar de ré. Este livro procura
mostrar como se chegou a este ponto e como se
pode salvar a racionalidade do cerco irracionalista que a
ameaça, que ameaça o mundo.
Por isso é preciso defender a racionalidade — a única esperança para sair do lamaçal intelectual do tempo em que vivemos. Defendê-la dos inimigos externos da razão, mas também dos que, apresentando-se como seus adeptos mas não reconhecendo os seus próprios limites, defendem uma concepção demasiado ambiciosa da racionalidade. Baggini propõe, então, uma correcta reavaliação do conceito de racionalidade, que não permite o seu uso político que consiste basicamente em descobrir uma justificação para as crenças que se quer impor ou que à partida nos recusamos a abandonar.
Assim, uma racionalidade não empobrecedora e construtiva, embora assente no raciocínio lógico-científico, não menospreza nem de modo nenhum exclui outras formas de discernimento racional que não são explicáveis nesses termos. Conclui que uma noção correcta de racionalidade envolve, em suma, a aplicação do pensamento crítico e o compromisso com uma «comunidade da razão» em que as divergências são aberta e publicamente debatidas, ao invés de serem encerradas pela força bruta ou pelo poder político.
Este é um livro simultaneamente desafiador e ponderado, com várias ideias originais sobre um dos temas mais relevantes do nosso tempo.
Por isso é preciso defender a racionalidade — a única esperança para sair do lamaçal intelectual do tempo em que vivemos. Defendê-la dos inimigos externos da razão, mas também dos que, apresentando-se como seus adeptos mas não reconhecendo os seus próprios limites, defendem uma concepção demasiado ambiciosa da racionalidade. Baggini propõe, então, uma correcta reavaliação do conceito de racionalidade, que não permite o seu uso político que consiste basicamente em descobrir uma justificação para as crenças que se quer impor ou que à partida nos recusamos a abandonar.
Assim, uma racionalidade não empobrecedora e construtiva, embora assente no raciocínio lógico-científico, não menospreza nem de modo nenhum exclui outras formas de discernimento racional que não são explicáveis nesses termos. Conclui que uma noção correcta de racionalidade envolve, em suma, a aplicação do pensamento crítico e o compromisso com uma «comunidade da razão» em que as divergências são aberta e publicamente debatidas, ao invés de serem encerradas pela força bruta ou pelo poder político.
Este é um livro simultaneamente desafiador e ponderado, com várias ideias originais sobre um dos temas mais relevantes do nosso tempo.