Manuel João Monte
Biografia
Manuel João Monte jubilou-se em agosto de 2019, sendo atualmente professor associado convidado do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Coordena o grupo de investigação em Termodinâmica Molecular e Supramolecular do Centro de Investigação em Química da UP (CIQUP), tendo publicado mais de 100 artigos científicos em revistas internacionais com avaliação por pares. É membro do Conselho Editorial das revistas Molecules (MDPI) e The Journal of Chemical Thermodynamics (Elsevier). Traduziu para português as peças de "Ciência-no-Teatro" Oxigénio, de Carl Djerassi e Roald Hoffmann, e Falácia, de Carl Djerassi, publicadas pela Editora da U.Porto. Em 2019, escreveu a peça de teatro O Bairro da Tabela Periódica, publicada pela U.Porto Press (coleção Fora de Série, n.º 1). Em 2020, escreveu a peça, Arsenicum, também publicada pela U.Porto Press (coleção Fora de Série, n.º 4) e em 2021, em coautoria com Sofia Miguens, a peça Que Coisa é o Mundo (coleção Fora de Série, n.º 6).
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Phosphorus (entre Vénus e Lúcifer)
Na língua inglesa o símbolo químico P (de phosphorus), quando pronunciado (pi), confunde-se com pee (sinónimo de urina ou urinar, em linguagem coloquial). A mnemónica inglesa P from pee (fósforo a partir de chichi) é uma piada química que assinala com humor o facto de o fósforo ter sido descoberto, acidentalmente, durante tentativas de produção de ouro a partir da urina.
Hennig Brandt, tal como vários outros alquimistas da época, perseguia o sonho de obter a mítica pedra filosofal que lhe proporcionaria, caso tivesse sucesso, obter ouro a partir de outros metais e uma vida longa. Em vez disso, produziu, por feliz acaso, em 1669, outra pedra a que chamou phosphorus (transportador de luz, em grego antigo) que, em contacto com o ar, reagia espontaneamente, emitindo luz.
Mais tarde, confirmou-se ser um dos alótropos de um novo elemento químico — o fósforo. E é à boleia deste elemento que a trama desta peça (estruturada em 16 cenas) nos convida a viajar entre o místico ambiente alquímico do século XVII e os graves problemas ambientais contemporâneos, relacionados com a sustentabilidade da vida e do nosso desenvolvimento.
Hennig Brandt, tal como vários outros alquimistas da época, perseguia o sonho de obter a mítica pedra filosofal que lhe proporcionaria, caso tivesse sucesso, obter ouro a partir de outros metais e uma vida longa. Em vez disso, produziu, por feliz acaso, em 1669, outra pedra a que chamou phosphorus (transportador de luz, em grego antigo) que, em contacto com o ar, reagia espontaneamente, emitindo luz.
Mais tarde, confirmou-se ser um dos alótropos de um novo elemento químico — o fósforo. E é à boleia deste elemento que a trama desta peça (estruturada em 16 cenas) nos convida a viajar entre o místico ambiente alquímico do século XVII e os graves problemas ambientais contemporâneos, relacionados com a sustentabilidade da vida e do nosso desenvolvimento.