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Sobre o livro
Lisboa, início do século XVIII da Graça de El Rei D. João V. Paula, a
filha pobre de um ourives, deixa a azáfama das ruas de Lisboa para
ingressar no Mosteiro de São Dinis, em Odivelas. Não é Deus quem a
chama, mas sim a necessidade de um pai que já não a pode
sustentar. Quis o destino, porém, que aquela rapariga de pé descalço
se viesse a tornar na mais conhecida freira da nossa história. E numa
das mulheres mais poderosas de um reino que vivia no extravagante
esplendor pago com os escravos de África, com o ouro do Brasil…
Madre Paula é a história desse amor proibido, entre o Rei-Sol
português, D. João V, e a famigerada freira de Odivelas. Um amor
intenso, maior que tudo, que levou o rei a ignorar o bom senso e a
tomar a freira como amante, confidente e conselheira.
D. João V sempre teve uma predileção por mulheres bonitas, mas
Paula foi o seu grande amor. Permaneceram juntos, secretamente,
mais de uma década, e chegaram a ter um filho. A história entre um
dos homens mais poderosos do mundo e a plebeia que a Deus traiu
inscreve-se na categoria de mito, mas é bem real, nas páginas do
romance de estreia de Patrícia Müller. Juntos enfrentaram intrigas
palacianas, a ameaça do castigo divino, o ciúme e os jogos de poder.
E a quase tudo resistiram - pois durante uma década, para D. João
V, Madre Paula foi a sua única e verdadeira rainha.
Este é um livro recheado de paixão, intriga, luxúria, drama, amor, tensão, atracção, sentimentos conflituosos e emoções fortes desde o princípio até ao fim, com um enredo paulatino mas intrincado ao mesmo tempo e com personagens carismáticas, interessantes e complexas. Com um estilo da sua escrita que se apresenta fluida e directa mas profunda ao mesmo tempo, permitindo ao leitor acompanhar as provações da vida de Madre Paula e os seus amores e desamores.