Invasão de Junot 1807-1808
Ocupação e Sublevação
de Manuel Amaral
Sobre o livro
Em Agosto de 1807 Napoleão Bonaparte exigiu a Portugal o fecho dos seus portos ao comércio britânico.
Devido à recusa portuguesa, a França invadiu Portugal, com o apoio de dois corpos de exército espanhóis,
tendo o corpo de exército francês comandado pelo general Junot entrado em Lisboa em 30 de Novembro 1807.
Os abusos, as injustiças, os roubos e os massacres perpetrados pelas forças de ocupação francesas, levaram às
revoltas em Portugal de princípios de Junho de 1808, encorajadas pelas revoltas espanholas que tinham
eclodido dias antes. A Sublevação Nacional de 1808, que se desenvolveu a partir do Porto, de Trás-os-Montes
e do Algarve, obrigou o exército de Junot a concentrar-se ao redor de Lisboa. Em finais de Julho, Junot decide
atacar as forças portuguesas e espanholas concentradas em Évora, para garantir a sua ligação ao exército
francês da Andaluzia. O exército britânico embarcado numa Esquadra ao largo de Portugal, encorajado pelas
notícias da sublevação portuguesa e pela dispersão das forcas francesas entre Lisboa e a revolta de Évora,
desembarca com segurança na foz do Mondego nos primeiros dias de Agosto. Após os combates no Alentejo
as forças portuguesas, com reforços do Norte, concentram-se em redor de Coimbra, mobilizando parte da
atenção de Junot. Isto ajudara que o exército britânico possa com superioridade de forças vencer facilmente o
exército francês no combate da Roliça e na batalha do Vimeiro, e apressar os ocupantes franceses, agora sem
esperanças de retirada através dum país sublevado e finalmente apoiado por um importante exército britânico,
a assinar um armistício em Sintra que lhes permitiu a evacuação de Portugal.
Portugal descobriu em 1808, durante a Sublevação Nacional, um general britânico - Arthur Wellesley, o futuro
duque de Wellington -, que percebeu, contra a opinião do exército britânico e da maioria do governo e da
opinião pública britânica, que Portugal poderia ser uma base essencial da luta contra a hegemonia francesa na
Europa.