Foi a 4 de outubro de 1949, na localidade chilena de Ovalle, a mais de 300 km a norte da capital, Santiago, que nasceu Luis Sepúlveda. Filho de um militante do Partido Comunista e proprietário de um restaurante, e de uma enfermeira de origens mapuche (um povo indígena da região centro-sul do Chile e do sudoeste da Argentina), Luis Sepúlveda cresceu no bairro San Miguel de Santiago e estudou no Instituto Nacional, onde começou a escrever por influência de uma professora de História.
Aos 15 anos ingressou na Juventude Comunista do Chile, da qual foi expulso em 1968. Depois disso, militou no Exército de Libertação Nacional do Partido Socialista. Após os estudos secundários, ingressou na Escola de Teatro da Universidade de Chile, da qual chegou a ser diretor. Anos mais tarde, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Da sua vasta obra – toda ela traduzida em Portugal –, destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas todos os seus livros conquistaram em todo o mundo a admiração de milhões de leitores.
Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço – que visa galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica –, uma honra que definiu como «uma emoção muito especial».
Para além de romancista, foi realizador, roteirista, jornalista e ativista político. Em 1970 venceu o Prémio Casa das Américas pelo seu primeiro livro, Crónicas de Pedro Nadie, e também uma bolsa de estudo de cinco anos na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto, só ficaria cinco meses na capital soviética, uma vez que foi expulso da universidade por “atentado à moral proletária”. Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
Em 1982 rumou a Hamburgo, movido pela sua paixão pela literatura alemã. Nos 14 anos em que lá viveu, alinhou no movimento ecologista e, enquanto correspondente da Greenpeace, atravessou os mares do mundo, entre 1983 e 1988. Em 1997, instalou-se em Gijón, em Espanha, na companhia da mulher, a poetisa Carmen Yáñez. Nesta cidade fundou e dirigiu o Salão do Livro Ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livreiros latino-americanos com os seus homólogos europeus.
Luis Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo e as suas obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas. Em Portugal, era presença assídua na Feira do Livro de Lisboa, em sessões de autógrafos onde era bem visível o carinho do público português pelos seus romances, e esteve presente em quase todas as 21 edições do Festival Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, a última das quais entre 18 e 23 de fevereiro de 2020.
A 29 de fevereiro de 2020, Luis Sepúlveda foi diagnosticado com Covid-19, naquele que seria o primeiro caso de infeção nas Astúrias, e consequentemente internado no Hospital Universitário Central de Astúrias, onde veio a falecer a 16 de abril.
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Rápido, fácil de ler e com ilustrações muito boas. De forma tão simples podemos refletir sobre princípios básicos da vida como a amizade, entreajuda e lealdade. Uma obra muito bem escrita e uma das melhores do autor!
Dos livros mais conhecidos do nosso querido Luís Sepúlveda, esta fábula é uma mensagem de esperança. Uma história comovente de um gato que tem a seu cargo tomar conta de uma gaivota acabada de nascer! Prepará-la para a vida e conduzi-la no melhor caminho.
Através dos animais que protagonizam esta pequena história descobrimos o poder do companheirismo, da importância de cumprirmos uma promessa, aprendemos a reconhecer os nossos limites e quando devemos pedir ajuda, assistimos à maravilhosa sensação de dedicação aos amigos e mostra nos o lado mais negro do ser humano.
Este livro conta-nos uma história fantástica de amizade e perseverança em que um gato terá de criar uma gaivota bebé. Um conto repleto de peripécias e aventuras em que o gato enfrenta no final o mais difícil dos desafios...Ensinar a sua amiga gaivota a voar!
Uma fábula de leitura obrigatória, sobretudo para jovens. O respeito pela diferença e a solidariedade em momentos difíceis são apenas alguns dos valores transmitidos nesta história tão simples e, paralelamente, tão profunda. Aquece-nos o coração e inspira-nos a ser melhores. Aconselho vivamente a ler e reler!
A gaivota Kengah é apanhada num derrame de petróleo e já moribunda pede ao gato Zorbas para cuidar do seu ovo e assegurar que a gaivotinha aprenda a voar. Mas a tarefa irá revelar-se difícil não só para Zorbas, mas também para os gatos seus amigos. Tenho a dizer que gostei muito deste livro, pela simplicidade e doçura da história, pela forma como as ilustrações deliciosamente a complementam, e pelo facto de chamar a atenção para os problemas ambientais.
Luis Sepúlveda já provou ser um grande autor e com esta obra demonstra a importância de valores e de relações como a amizade, o amor, a lealdade e a cooperação.
O autor dispensa apresentações. A sua obra também. Mas gostei deste livro em particular. Um livro dirigido a crianças mas com algumas mensagens que um adulto pode captar mais rapidamente. Uma leitura simples, este livro passa uma grande mensagem de amizade, lealdade, e, acima de tudo, de dever e do cumprimento de uma promessa feita.
Gostei deste livro, pela forma simples e prática, como o autor transmite valores importantes e por vezes escassos na nossa sociedade. Uma história sobre uma amizade improvável, o carinho por aquilo que é diferente e expectável. Que os gatos possam sempre chocar ovos sem xocarem todo o resto que os rodeia.
Livro que transmite um conjunto de valores importantes. Um livro verdadeiramente tocante com uma mensagem muito importante para refletir. Uma historia de amor, amizade, lealdade e partilha que recomendo a leitores de qualquer idade não só a crianças.
Um livro verdadeiramente tocante com uma mensagem muito importante para refletir. Uma historia de amor, amizade, lealdade e partilha que recomendo a leitores de qualquer idade.
Nesta fábula o gato ensina a gaivota a voar. O que podemos aprender com esta fábula? A respeitar as outras espécies e a ajudá-las. Estes deveriam ser os princípios básicos da convivência humana. Aqui encontramos valores como a honra, o compromisso, o espirito de grupo, a amizade, a preservação do ambiente e a harmonia entre as espécies.